Escultor cria obras com lixo retirado de praias para conscientizar sobre poluição: 'Legado da humanidade'

Trabalho do britânico Rob Arnold ganhou espaço em galerias na Inglaterra e chama atenção para o problema dos plásticos em oceanos

25 abr 2024 - 05h00
Artista britânico produz esculturas com lixo retirado de praias
Artista britânico produz esculturas com lixo retirado de praias
Foto: Divulgação/Rob Arnold

Uma caminhada à beira-mar foi o que bastou para que um artista da Inglaterra passasse a dedicar a própria vida ao combater à poluição marinha. Desde 2016, quando encontrou uma enseada isolada mas repleta de lixo plástico, o escultor Rob Arnold decidiu não só limpar a praia, mas também expor a degradação ambiental através de sua arte.

Rob explica que decidiu agir em prol do meio ambiente após descobrir que aves morriam por ingestão de plástico em Midway, um atol localizado no Oceano Pacífico e a mais de 1,6 mil quilômetros de distância das terras firmes no continente mais próximo. 

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"É inacreditável que uma ilha no meio do Pacífico esteja poluída por lixo humano. É lamentável que tenhamos que perder aves antes de podermos acordar para o problema que criamos", explicou o artista à ONG Keep Britain Tidy.

Artista britânico produz esculturas com lixo retirado de praias
Foto: Divulgação/Rob Arnold

Ao mesmo tempo, ele encontrou, perto de casa, uma enseada isolada que canalizou o fluxo marinho e acumulou anos de lixo plástico trazidos pela maré. Apesar do acesso difícil à praia, Rob decidiu limpar o local por conta própria e, em quatro dias, retirou mais de 1,5 mil garrafas da praia.

Desde então, o escultor passou a atuar com ONGs e instituições no combate à poluição. Além de ajudar na limpeza, ele produz obras de arte com o lixo retirado de praias e campos no Reino Unido, muitas delas com críticas ao 'legado da humanidade' para o futuro do planeta.

Artista britânico produz esculturas com lixo retirado de praias
Foto: Divulgação/Rob Arnold

Uma delas é uma representação de uma estátua Moai, também conhecida como 'Cabeça da Ilha de Páscoa'. "Eu gosto de acreditar que minhas esculturas vão conscientizar as pessoas, encorajá-las a reduzir o uso de plástico e fazer o descarte correto. Precisamos reconhecer que o plástico é um poluente perigoso", justificou. 

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A obra ganhou projeção após ser exposta na sede da Real Sociedade Geográfica em Londres, em 2017, durante um evento sobre a poluição de plásticos nos oceanos. "Essa obra vai fazer milhares pararem e se perguntarem o que estamos fazemos com o mundo", disse o artista à época.

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Fonte: Redação Terra
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