Em 2020, enquanto exploravam a praia de Blue Anchor, no Reino Unido, a jovem Ruby Reynolds, então com 11 anos, e seu pai, Justin, fizeram uma descoberta: fragmentos do maxilar de um dos maiores dinossauros já registrados. Contudo, uma nova pesquisa, publicada recentemente na PLOS One, sugere que essa descoberta pode ser ainda maior, sugerindo que o animal pode ser o maior réptil dessa espécie já identificado até o momento.
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Ao explorarem a região, pai e filha uniram peças que se ajustavam, despertando a atenção do paleontólogo Dean Lomax, da Universidade de Manchester. Lomax conectou os achados dos Reynolds com os de Paul de la Salle, um entusiasta de fósseis que localizou a primeira mandíbula ligada à espécie em maio de 2016, em Lilstock. A última descoberta da família ocorreu em outubro de 2022, acrescentando mais elementos para as análises em curso.
Nomeado como Ichthyotitan severnensis, significando 'peixe-lagarto gigante do Severn', o réptil possivelmente rivalizava em tamanho com uma baleia-azul. Os restos ósseos remontam a 202 milhões de anos, do período Triássico, conhecido como Rético, quando ictiossauros dominavam os mares enquanto dinossauros percorriam a terra.
Com o evento de extinção global no final do Triássico, os ictiossauros, como os seus contemporâneos, desapareceram. Assim, a recente descoberta dos fósseis pode representar os últimos exemplares dessa espécie.
"Quando Ruby e eu encontramos as duas primeiras peças, ficamos muito entusiasmados ao perceber que isso era algo importante e incomum. Quando encontrei a parte posterior da mandíbula, fiquei emocionado porque essa é uma das partes definidoras da descoberta anterior de Paul", relatou o pai Justin Reynolds à Sky News.
"Foi muito legal descobrir parte deste ictiossauro gigante. Estou muito orgulhosa de ter participado de uma descoberta científica como esta", acrescentou Ruby.