Em seu não tão pequeno arsenal de fotos, Percival Gonzales, 53, guarda com entusiasmo e carinho os registros feitos de urutaus, nome que, em tupi, significa "ave fantasma". Com hábitos noturnos, encontrar um urutau costuma ser difícil. Ainda assim, Percival conseguiu o feito ao menos umas cinco vezes, em 15 anos de fotografia na região de Santa Fé do Sul, no interior de São Paulo.
"Foi pura sorte mesmo. Registrar ela [a ave] de dia é muito difícil, e registrar com filhote é mais difícil ainda", conta ao Terra.
Em algumas das fotos, é possível notar a capacidade de se camuflar que o urutau tem, principalmente nas feitas no meio rural.
O urutau leva consigo diversas lendas, vindas dos povos indígenas da Amazônia brasileira, Bolívia e Peru. Aqui no Brasil, há a crença de que as penas da cauda do urutau protegem a castidade - por isso, havia o costume das mães varrerem debaixo das saias das meninas com uma vassoura feita dessas penas.
No perfil de Percival no Instagram (@percivalgonzales), o urutau divide espaço com as mais de 300 espécies encontradas pelo observador de pássaros, todos na região da cidade onde vive. Apesar dos anos de experiência, Percival mantém a fotografia como um hobby.
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