O GP São Paulo de Fórmula 1 acontece no próximo domingo, no Autódromo de Interlagos. Na edição deste ano, a direção da prova planeja entregar medidas mais sustentáveis e uma política rígida de proteção ao meio-ambiente. A F1 é pioneira entre as diversas modalidades esportivas que defendem o uso de práticas sustentáveis e quer liderar uma campanha mundial pelo uso de biocombustíveis.
Em Interlagos, o GP de São Paulo, que foi carbono neutro nos dois últimos anos, em 2023 vai além dos 100% de neutralização das emissões de gases do efeito estufa (GEEs), através de créditos de carbono certificados pelas empresas Greener e Solví, tornando-se assim, um evento "carbono negativo".
A Greener cederá unidades de estoque de carbono destinados à preservação da Floresta Amazônica, que serão aposentados com o objetivo de neutralizar as emissões de gases de efeito estufa durante o GP. Já o Grupo Solví, através da plataforma SMARTie Carbon, fornecerá créditos de carbono (CERs) gerados pelo tratamento e valorização de resíduos na UVS Caieiras (Unidade de Valorização de Resíduo) para que o Grande Prêmio de São Paulo de F1 possa realizar a compensação da pegada de carbono gerados durante a corrida.
Outras ações que direcionam a corrida para um evento sustentável é a gestão de resíduos. As embalagens de bebidas serão recicladas, sendo fonte de renda para muitas famílias. Resíduos são transformados em obras de arte e lonas em bolsas.
Há ainda um trabalho para a redução de uso de copos e garrafas de plástico, a coleta e rerrefino de óleo lubrificante utilizado pelas equipes e a reciclagem de borracha (dos pneus utilizados como barreira de proteção na pista) com destinação certificada. Ao mesmo tempo em que as ações são praticadas, a organização do GP desenvolve campanhas educativas, defendendo o uso de transporte público e o consumo racional de energia.
Por outro lado, as questões sociais também estão presentes, já que a Fórmula 1 está comprometida com as comunidades próximas aos locais dos circuitos onde as corridas são disputadas. Todo o material reciclado é doado às cooperativas locais assim como os excedentes de alimentos, que são destinados para consumo de instituições da região através de ONGs.