Quando o assunto é a estação mais quente do ano, há quem cante: "ai, que delícia o verão!", como Marina Sena. Já outros começam a suar só de imaginar o calor. Apesar de não ser unanimidade, a estação se tornou a época mais celebrada do ano e virou até adjetivo. Mas quando começa o verão, de fato? Em 2025, o calor será ainda pior? O Terra reuniu algumas dúvidas sobre o período.
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Quando começa o verão?
No fim de dezembro, as músicas natalinas já começam a dar lugar para ritmos dançantes e animados que anunciam: chegou o verão. A estação mais quente do ano é tão especial que se tornou tema de diversos hits nacionais e é aguardada ansiosamente por boa parte dos brasileiros.
Dá até para fazer uma playlist só com canções que falam - e bem! - do verão. Uma das músicas mais famosas da MPB foi lançada justamente em janeiro, o único mês do ano em que o verão é soberano: vem chegando o verão / O calor no coração, canta Marina Lima em Uma Noite e 1/2.
No Brasil, o próximo verão começa às 06h20 do dia 21 de dezembro e termina no dia 20 de março de 2025. A estação substitui a primavera e, depois, dá lugar ao outono.
No entanto, essa data pode mudar a cada ano. Isso porque, a cada verão, o dia exato de início e término da estação se modifica. O motivo é um fenômeno chamado solstício de verão.
O que é o solstício de verão?
O momento em que o Sol atinge a sua posição mais alta no céu. É assim que é definido o solstício de verão, um evento que marca o início da estação. No fenômeno, a inclinação do eixo da Terra em relação ao Sol é máxima, resultando no dia mais longo do ano.
Esse período é diferente nos hemisférios Norte e Sul do Planeta. Enquanto as decorações natalinas de alguns países remetem aos dias frios e à neve, no Brasil, o período é de maior calor.
Isso acontece porque o País está localizado no lado Sul da Terra, onde o fenômeno costuma ocorrer entre os dias 20 a 22 de dezembro. A cada ano, essa margem é justamente o que define o dia do início do verão no Brasil.
O verão de 2025 vai ser mais quente?
Os brasileiros podem ficar mais tranquilos em relação as temperaturas durante todo o verão de 2025: não teremos recorde de calor. Finalmente, as ondas quentes, que marcaram o verão passado, não deverão se repetir.
Para 2025, a dica é sair de casa com o guarda-chuva e o filtro solar na bolsa. Isso porque, ao invés do calorão, a maior parte do País poderá sofrer com oscilação de temperatura e chuvas. De acordo com o Climatempo, o motivo é falta de fenômenos como o La Niña e o El Niño.
Os dias quentes continuarão presentes no verão de 2025, claro, seguidos de outras semanas mais amenas.
O Rio de Janeiro, conhecido pelos seus '40 graus' durante todo o ano, pode sofrer com chuvas. O Climatempo prevê que toda a região Sudeste enfrente um verão mais chuvoso, sem tantos picos de calor, com menos dias totalmente ensolarados, mas ainda abafados. Já na região Sul, as pancadas de chuva deverão ser menores.
Em 2024, os sulistas amargaram uma enchente destruidora e fatal para muitas vítimas em todo o Rio Grande do Sul. No ano que vem, os moradores não devem enfrentar temporais, ao menos durante o verão. Sem o El Níño ou do La Niña, a tendência por lá é que as chuvas sejam mais espaçadas e irregulares.
O Norte segue a previsão das outras regiões, com um volume expressivo de chuvas moderadas. Quem irá na contramão é o Nordeste, que deve ter um verão mais seco. As chuvas, no entanto, também aparecerão em algum momento.
Vai ter horário de verão esse ano?
Em outubro, o governo Federal bateu o martelo: não terá horário de verão. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a medida não é mais tão eficaz para a redução do consumo de energia elétrica como já foi antes.
"Como nos últimos anos houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período da tarde, o Horário de Verão deixou de produzir os resultados para os quais essa política pública foi formulada, perdendo sua razão de ser aplicado sob o ponto de vista do setor elétrico", explica a pasta.
O posicionamento contrariou a recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), feita em setembro. Para o órgão, o retorno do horário de verão em 2024 era necessário.
Dias depois, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rejeitou a sugestão e descartou a possibilidade dos brasileiros adiantarem seus relógios em 1h para este verão.