Incêndios no Pantanal aumentam mais de 1.000% e rio Paraguai tem seca recorde

Em Mato Grosso do Sul, estado que concentra 60% do território do bioma no Brasil, já foram registrados 698 focos entre janeiro e junho deste ano

9 jun 2024 - 12h09
(atualizado às 14h38)
Incêndios e número recorde castigam o Pantanal
Incêndios e número recorde castigam o Pantanal
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil / Perfil Brasil

O bioma do Pantanal se caracteriza por dois períodos distintos: o do fogo e o da água. Neste ano, a temporada das chamas, que se iniciaria apenas em julho, chegou mais cedo.

Em Mato Grosso do Sul (MS) e no Mato Grosso (MT), os focos de incêndio nos seis primeiros meses de 2024 aumentaram 1.025% se comparados ao mesmo período de 2023. Ao mesmo tempo, o rio Paraguai, que é principal bacia do bioma, já registra seca recorde e está mais de 2 metros abaixo da média.

Publicidade

Em MS, estado que concentra 60% do território do Pantanal no Brasil, já foram registrados 698 focos, entre janeiro e junho deste ano. Em 2023, foram somente 62 no mesmo período. Em MT, onde ficam os 40% restantes do bioma, foram 495 focos de incêndio em 2024, contra 44 no ano anterior.

Números somados de focos de incêndio no Pantanal

  • 2024: 1193 focos entre 1º de janeiro e 7 de junho;
  • 2023: 106 focos entre 1º de janeiro e 7 de junho.

Os dados são do Programa de BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os números apurados também revelam que, em 2024, o Pantanal já tem o 2º maior índice de incêndios desde 2010, atrás apenas de 2020. Nesse ano, o fogo consumiu cerca de 4 milhões de hectares, o equivalente a cerca de 26% do bioma, ou ainda à totalidade do território do estado do Rio de Janeiro.

Especialistas explicam que o período das chamas no Pantanal, que seria entre os meses de julho e agosto, pode durar até seis meses. Porém, neste ano, o fogo chegou mais cedo, e a seca também.

Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações