Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os incêndios florestais que assolam o País têm fortes indícios de serem criminosos, e algo "cheira a oportunismo" de alguns setores que querem criar confusão. A declaração foi dada nesta terça-feira, 17, sem apresentar indícios referentes a ações coordenadas ou citar quais setores seriam esses.
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De acordo com Lula, ele "ainda" não poderia falar que os focos de incêndio espalhados pelo País são ações criminosas, mas que há "indícios fortes", insinuando estar ligadas a interesses políticos.
O presidente se reuniu com os chefes dos Poderes e outras instituições para tratar das queimadas. Participaram os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), da Câmara dos Deputados e do Senado -- Luís Roberto Barroso, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, respectivamente. Também marcaram presença o procurador-geral da República, Paulo Gonet; o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin; e o vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Vital do Rêgo Filho; além de ministros do governo.
Segundo Lula, a questão climática no Brasil está pior do que em qualquer outro momento, e o País não estava preparado para enfrentar a situação.
"O dado concreto é que hoje, no Brasil, a gente não estava 100% preparado para cuidar dessas coisas. As cidades não estão cuidadas. Até 90% das cidades estão despreparadas para cuidar disso. Os Estados são poucos os que estão com preparação, que têm defesa civil, bombeiro, brigadistas, quase ninguém tem", disse o presidente.
Após a reunião, o governo pretende apresentar um pacote de medidas para enfrentar os incêndios que afetam o País.