Lula diz que chuvas intensas no RS deixaram pelo menos 35 mortos

Presidente voltou a afirmar que o governo federal está à disposição do povo gaúcho e do governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB)

3 mai 2024 - 12h40
(atualizado às 13h11)
Pessoas andam em área alagada perto do Rio Taquari em Encantado, no Rio Grande do Sul
Pessoas andam em área alagada perto do Rio Taquari em Encantado, no Rio Grande do Sul
Foto: REUTERS/Diego Vara

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira, 3, que as chuvas intensas que têm atingido o Rio Grande do Sul desde o início da semana já deixaram pelo menos 35 mortos, acima das 31 mortes relatadas mais cedo pela Defesa Civil do Estado em seu mais recente boletim.

Em declaração à imprensa ao lado do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em Brasília, Lula voltou a afirmar que o governo federal está à disposição do povo gaúcho e do governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), para o auxílio na reparação dos danos causados pelo temporal.

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Ainda de acordo com Lula, o nível do lago Guaíba, em Porto Alegre, já atingiu 4,5 metros. Na noite desta quinta-feira, 2, o governador alertou para a rápida elevação observada no lago, alertando que o nível da água pode chegar a cinco metros até sábado, 4. Caso a previsão se confirme, essa será a maior cheia da história da capital gaúcha, superando a enchente registrada em 1941.

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“Quero pedir mais uma vez que as pessoas tenham a percepção de urgência em relação ao que está ocorrendo no Estado. É muito importante que a população leve a sério as recomendações e busque se proteger, que atenda a esse chamado da emergência sem precedentes que estamos vivendo e deixe as zonas de risco”, enfatizou Leite.

O último boletim atualizado pela Defesa Civil do Estado, divulgado às 9h desta sexta-feira, relata 31 óbitos e 235 municípios afetados pelas fortes chuvas. No total, mais de 351 mil pessoas foram impactadas pelo temporal e há 17.087 desalojados. Além disso, o Rio Grande do Sul registra 56 feridos, 74 desaparecidos e 7.165 pessoas em abrigos. 

O governo do Estado informou que monitora, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema (ONS), a situação das barragens no Rio Grande do Sul.

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Dados parciais divulgados na manhã desta sexta apontam que ao menos quatro estruturas estão em situação de emergência, apresentando risco de rompimento e já com ações de resposta em andamento.

O governador ressaltou a magnitude da catástrofe natural que vem afetando o Estado desde a madrugada de segunda-feira, 29. Segundo Leite, considerando as previsões de chuva intensa dos próximos dias, o evento meteorológico em curso será, possivelmente, a maior tragédia ambiental da história do Rio Grande do Sul.

Levantamentos hidrológicos apontam que os rios Caí, Taquari e Jacuí estão enfrentando as maiores cheias já registradas, com previsão de aumento dos respectivos níveis nas próximas horas. A instabilidade climática persiste no Estado e, até sábado deve avançar para as regiões da Serra e do Litoral Norte.

“Quero dizer à população que, como ser humano, eu estou devastado por dentro, como cada um dos gaúchos está. Mas, como governador, estou aqui firme e garanto que não vamos titubear. Estamos fazendo tudo com foco, atenção, disciplina e indignação, para que tudo que esteja ao nosso alcance seja feito, para colocar todas as estruturas em campo e garantir que todas as pessoas que estão suplicando por resgate sejam salvas”, lamentou Leite.

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