Maior parte dos pássaros surgiu 5 milhões de anos após a extinção dos dinossauros, diz estudo

Pesquisa estabelece árvore genealógica das aves a partir da análise do genoma de mais de 360 ​​espécies de pássaros

25 abr 2024 - 05h00
Resumo
Um estudo mostrou que a maior parte dos grupos modernos de aves surgiu 5 milhões de anos após a extinção dos dinossauros. As informações foram estabelecidas com a análise dos genomas de 363 espécies de aves.
O Condor-dos-andes
O Condor-dos-andes
Foto: Getty Images

A maior parte dos grupos modernos de aves surgiu 5 milhões de anos após a extinção dos dinossauros, concluiu o estudo realizado pela Nature. A pesquisa analisou os genomas de mais de 360 espécies de aves e conseguiu estabelecer a árvore genealógica desses seres - a única linhagem de dinossauros que sobreviveu à extinção há 66 milhões de anos.

A pesquisa também conseguiu estabelecer uma escala de tempo na árvore genealógica das aves. Para isso, os pesquisadores modelaram a evolução dos genomas usando uma ferramenta, conhecida como “relógio molecular”, somada às informações de quase 200 fósseis. Assim, foi possível restringir as idades de alguns dos ramos da árvore genealógica das aves.

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O resultado final mostrou que todas as aves vivas compartilham um ancestral que viveu há pouco mais de 90 milhões de anos. Mas, a maioria dos grupos de aves modernas surgiu cerca de 25 milhões de anos mais tarde, numa pequena janela de apenas alguns milhões de anos após o final do período Cretáceo, há cerca de 66 milhões de anos, quando os dinossauros não-aviários foram extintos. A principal hipótese é que o evento de extinção ofereceu uma oportunidade para as aves diversificarem rapidamente. 

Imagem de um beija-flor voando
Foto: Unsplash

O estudo do genoma é o produto de quase uma década de pesquisa. O objetivo final deste projeto é sequenciar os genomas de todas as 10.000 espécies de aves vivas. A fase atual do projeto centrou-se na inclusão de espécies de todos os principais grupos ou famílias de aves. O estudo desses 363 genomas foi feito em parceria com pesquisadores da Universidade de Copenhague, da Universidade da Califórnia em San Diego e da Universidade de Zhejiang, na China.

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Fonte: Redação Terra
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