Mais de 130 jabutis resgatados do tráfico são devolvidos à natureza em Pernambuco

Os animais são da espécie mais comercializada ilegalmente no Brasil

19 mar 2024 - 10h31
(atualizado às 10h41)
Resumo
Mais de 130 jabutis foram resgatados do tráfico de animais e devolvidos para a natureza em Recife, em uma ação conjunta entre autoridades estaduais.
Animais são identificados com chip antes de serem devolvidos à natureza
Animais são identificados com chip antes de serem devolvidos à natureza
Foto: Divulgação

Mais de 130 jabutis foram resgatados do tráfico de animais e devolvidos para a natureza em Recife (PE), em uma ação realizada em parceria entre o Estado e a Prefeitura de São Paulo, Polícia Rodoviária Federal e governo de Pernambuco.

Os jabutis-piranga (Chelonoidis carbonaria) são a espécie mais comercializada ilegalmente no Brasil. Os animais resgatados foram recolhidos e tratados no Centro de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres de São Paulo (Cetras-SP), da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).

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Como a espécie não é nativa do Estado, os animais foram levados para Recife, com apoio da Polícia Rodoviária Federal e do Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres da Prefeitura de São Paulo (CeMaCAS). A soltura dos animais começou no último domingo, 17.

Os jabutis foram levados em caixas com ventilação e alimento, e antes de serem soltos no habitat natural, passaram pelo Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres Tangará.

Jabutis foram transportados em caixas ventiladas e com alimentação
Foto: Divulgação

Apesar da longa viagem, feita em terra, a espécie é muito resistente, segundo a diretora do Cetras-SP, a bióloga Sayuri Fitorra. Só no ano passado, 282 jabutis foram repatriados para o Espírito Santo. "O jabuti é uma espécie que não ocorre naturalmente em São Paulo. Por isso, realizamos a repatriação para outros Estados. Encaminhamos para diferentes áreas tentando distribuir os indivíduos", ressalta a bióloga.

Os animais que são resgatados pelo Cetras-SP passam por um longo processo de reabilitação e identificação até serem encaminhados para a reintegração no habitat. No caso das aves, eles são identificados por anilhas, e nos répteis e mamíferos de pequeno e médio porte é aplicado um chip.

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Os recursos ajudam a cadastrar os animais em um banco de dados com informações sobre a saúde de cada um, como uma espécie de “RG” dos animais. Dessa forma, é possível controlar a entrada e saída dos animais no plantel do Centro, rastrear exames realizados e também emitir licenças de transportes.

Fonte: Redação Terra
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