O desabrochar da Amorphophallus titanum, mais conhecida como flor-cadáver, atraiu mais de 20 mil pessoas até o Jardim Bôtanico de Sydney, na Austrália. O motivo? Além de existirem apenas 300 flores da espécie na natureza, ela só floresce uma vez a cada sete ou dez anos, em seu habitat hatural.
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O público enfrentou filas enormes para ver de perto a planta, apelidada de "Putrícia". Ao abrir, ela exala um cheiro forte, similar ao de "carne podre", por 24 horas. A planta, que está extinção, pode chegar a 3 metros de altura.
"Este espécime tem cerca de 10 anos. Nós o adquirimos de nossos colegas do Jardim Botânico de Los Angeles quando ele tinha três anos e o temos cuidado nos últimos sete anos", disse John Siemon, diretor de horticultura e coleções vivas dos jardins, à BBC.
Segundo ele, mais de 15 mil pessoas passaram pelos portões antes que a flor abrisse, um "espetáculo" a ser comparado com a Olímpiada de Sydney, nos anos 2000. "Estamos incrivelmente animados por termos nossa primeira floração em 15 anos", contou.
O cheiro ruim exalado por "Putrícia" é uma maneira de enganar outras flores polinizadoras, para que elas a auxiliem na polinização -- tendo em vista que a flor-cadáver não é autopolinizadora. A planta só pode ser encontrada em florestas tropicais de Sumatra, na Indonésia.
A flor-cadáver também conta com a maior estrutura de floração do mundo, pois, além de poder chegar aos 3 metros de altura, ela pode pesar até 150 kg. Ela tem centenas de flores em sua base.
Os jardins botânicos de Melbourn e Adelaide, na Austrália, aguardam outras flores-cadávares desabrocharem. O último florescer de uma flor-cádaver ocorreu em Londres, em junho do ano passado, no Kew Gardens.