A Marinha do Brasil informou que vai enviar o maior navio de guerra da América Latina para ajudar a população do Rio Grande do Sul. A embarcação partirá do Rio de Janeiro nesta quarta-feira, 8, com destino a cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.
Segundo a Marinha, o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) "Atlântico", o Capitânia da Esquadra brasileira, transportará duas estações móveis para tratamento de água, capazes de produzir um total de 20 mil litros de água potável por hora. O objetivo é suprir a demanda das cidades que sofrem com a escassez desde o rompimento das barragens.
O "Atlântico" levará oito embarcações de médio e pequeno porte para auxiliar no resgate às vítimas ilhadas. Outras lanchas já estão em uso no estado desde o dia 30 de abril. A Fragata "Defensora", que transportará doações e suprimentos, também tem previsão de partida para esta quarta.
Outras 40 viaturas e 200 militares Fuzileiros Navais também vão para o Rio Grande do Sul para atuar na desobstrução das vias de acesso, além de equipes de apoio à saúde, formadas por médicos e enfermeiros.
Além do "Atlântico", a Marinha informou que enviou na terça-feira, 7, outras aeronaves, o Navio de Apoio Oceânico "Mearim" e o Navio-Patrulha Oceânico "Amazonas".
Tragédia no RS
Subiu para 95 o número de óbitos registrados em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul, segundo o boletim da Defesa Civil divulgado às 18h de terça-feira, 7.
Com relação aos desaparecidos, o número permaneceu em 131. Até o momento, há o registro de 1.443.950 pessoas afetadas pelo desastre em 401 municípios. Destes, 48.799 estão em abrigos, 159.036 estão desalojados, e há 372 feridos.
A Defesa Civil investiga ainda a causa de outros quatro óbitos que podem ter relação com as enchentes, nas cidades de Caxias do Sul, Pinhal Grande, Santa Maria e Três Coroas.