Uma nova tendência turística está surgindo, impulsionada pelas redes sociais: explorar a Antártica, sob temperatura média de 12°C negativos. O passeio congelante tem atraído turistas de diversas partes do mundo, rumo ao que passou a ser chamado de "sétimo continente".
O lugar que foi por muito tempo considerado o mais inóspito da Terra, hoje tem autorização para receber cerca de 50 navios que navegam até o polo sul, com expedições que incluem diversas experiências a bordo e sobre o gelo. Destes, a maioria são embarcações militares ou de pesquisa. As informações são do jornal O Globo.
Para os turistas comuns, as embarcações são menores, porém mais luxuosas. Geralmente inspiradas em superiates, são equipadas com tecnologia adequada para tornar a jornada possível.
O novo destino tem viralizado nas redes sociais. Recentemente, um casal de viajantes postou um vídeo de um dos passeios pelo círculo polar ártico, em que eles mostraram o chamado "polar plunge". Nesse "mergulho polar", corajosos se lançam nas águas congelantes, entre 1 e 4 graus Celsius.
Essa experiência está inclusa em alguns dos passeios oferecidos nos cruzeiros de expedição. Segundo os influencers, o valor do passeio varia entre R$ 30 mil e R$ 60 mil.
Sem estrutura no sétimo continente
Segundo o jornal O Globo, esse tipo de passeio só é possível na Antártica entre os meses de novembro e março, divididos em alta e baixa temporada. A alta temporada, entre dezembro e fevereiro, é mais popular e cara. Novembro e março são os meses menos procurados.
Os pacotes turísticos variam entre US$ 10 mil e US$ 90 mil, equivalente a cerca de R$ 49,5 mil e R$ 446,1 mil. Nas opções completas, o turista tem a oportunidade de estadia confortável e até passeios de trenó até o Polo Sul.
Apesar dos preços elevados, não há muita estrutura para quem desembarca no sétimo continente. Não há porto para atracar, então os passageiros saem dos navios com suporte de botes. Além disso, eles têm que desviar de enormes blocos de gelo soltos no mar, durante o trajeto até a costa.
Segundo informações da Associação Internacional das Operadoras de Turismo Antártico, os turistas também devem seguir regras rígidas de proteção à natureza, como a permissão de apenas 100 pessoas por vez em cada local, por até 5 horas. Por outro lado, uma equipe de especialistas polares acompanha os turistas durante as visitas aos viveiros de pinguins e locais históricos, e na busca por espécies da região.