Camada de ozônio planetária se recupera lentamente

Recuperação da camada de ozônio é exemplo para solução de desafios ambientais. OMM lança relatório de monitoramento. Mudança climática pode atrasar avanços.

1 jul 2023 - 06h16

A Organização Meteorológica Mundial, OMM, alerta que os ganhos na recuperação da camada de ozônio podem ser atrasados pela mudança climática.  

Em relatório publicado na quinta-feira, 29 de junho de 2023, a agência aponta que o progresso alcançado com o Protocolo de Montreal pode servir de exemplo para solucionar outros desafios ambientais globais. 

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Foto: Climatempo

Mudança climática pode atrasar recuperação da camada de ozônio (Foto: NASA)

Acompanhamento dos dados 

O Protocolo eliminou em até 99% a produção e o consumo de substâncias que destroem a camada de ozônio, 

A publicação da OMM é a primeira com dados sobre o ozônio estratosférico e radiação ultravioleta, substituindo boletins anteriores da situação na Antártida e no Ártico, publicados, pela última vez, há sete anos e com foco técnico. 

O texto destaca a importância de medições contínuas de alta qualidade para garantir que mudanças de longo prazo na camada de ozônio sejam bem medidas e suas causas sejam compreendidas. 

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Segundo a OMM, a camada de ozônio segue se recuperando lentamente. A expectativa é que nas próximas décadas ela seja totalmente restabelecida. 

Em 2022, o monitoramento apresenta colunas de ozônio mais altas nos trópicos e subtrópicos. As colunas são menores em latitudes mais altas, particularmente no Hemisfério Sul.  

A camada de ozônio protege a Terra da radiação ultravioleta solar prejudicial.  As observações do ozônio são críticas para resguardar a saúde humana e ambiental. 

Camada de ozônio antártico 

Em 2022, o buraco na camada de ozônio na Antártida teve um início relativamente tardio e uma extensão e profundidade relativamente grandes em outubro e novembro.  

A OMM explica que o atraso e a diminuição dos Déficits de Massa de Ozônio, no início de setembro, são considerados evidências importantes de que a camada está começando a se recuperar.  

A agência da ONU aponta que a erupção vulcânica Hunga Tonga, em janeiro de 2022, foi a maior dos últimos 100 anos, injetando gelo e vapor de água na estratosfera.  

Vapor de água e aerossol aumentados nos vórtices polares são esperados para os próximos invernos, o que pode resultar em mais nuvens estratosféricas polares, maior destruição de ozônio, e "buracos de ozônio" maiores e mais duradouros. 

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Fonte: ONU News

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