Após ter participado de uma manifestação pró-Palestina em Milão, norte da Itália, a ativista ambiental sueca Greta Thunberg se reuniu neste sábado (12) com operários que ocupam uma antiga fábrica de autopeças em Campi Bisenzio, nos arredores de Florença.
A unidade produtiva foi fechada pela empresa GKN há cerca de três anos, mas foi ocupada por seus próprios trabalhadores, que tentam reconvertê-la em uma cooperativa de forma ecológica para produzir bicicletas de carga e painéis solares de última geração. O projeto já arrecadou 1,3 milhão de euros (R$ 8 milhões) em uma campanha de financiamento coletivo.
"Queremos reindustrializar essa fábrica para tirá-la de potenciais lógicas especulativas", declarou Dario Salvetti, um dos líderes do movimento, durante uma assembleia dos "acionistas populares" que promovem a requalificação "verde" da fábrica.
Segundo ele, a iniciativa mostra que "a contraposição entre trabalho e meio ambiente nunca existiu" e que os empregos criados pela transição climática podem ser a "solução" para as crises em setores como o automotivo e o da moda.
Na última sexta, Thunberg já havia participado de uma grande marcha pró-Palestina em Milão, quando disse que "silêncio é cumplicidade" e que o mundo não pode "permanecer neutro diante de um genocídio". "O movimento de justiça climática deve ser decolonial, anticapitalista, antifascista e contra o genocídio e o ecocídio", disse. .