Macron diz ser "erro" confundir soberania com agressividade

"Somos um país soberano e, quando temos grandes eventos, aceitamos com felicidade a solidariedade internacional", comparou o francês

27 ago 2019 - 19h59
(atualizado às 20h13)

O presidente da França, Emanuel Macron, alfinetou nesta terça-feira, 27, o presidente Jair Bolsonaro ao comentar a posição do governo brasileiro ao recusar a oferta de ajuda dos países ricos do G-7 no combate aos incêndios na Amazônia.

Presidente da França, Emmanuel Macron, durante cúpula do G7 em Biarritz 
26/08/2019
REUTERS/Christian Hartmann
Presidente da França, Emmanuel Macron, durante cúpula do G7 em Biarritz 26/08/2019 REUTERS/Christian Hartmann
Foto: Reuters

Sem citar o nome de Bolsonaro, Macron diz que "alguns dirigentes confundem soberania com agressividade" e defendeu ser um erro pensar desta forma. Nesta terça, Bolsonaro condicionou o recebimento da ajuda de R$ 83 milhões oferecida pelo G-7 a um pedido de desculpas de Macron.

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"Observei a atitude de alguns dirigentes que consideram que soberania significa agressividade. Acho que isso é um erro. Somos um país soberano e, quando temos grandes eventos, aceitamos com felicidade a solidariedade internacional porque é um sinal de amizade", afirmou Macron nesta terça, em discurso na conferência de embaixadores franceses em Paris.

Macron afirmou ainda que outros países amazônicos pediram ajuda internacional para combater as queimadas e que terão o auxílio o mais rápido possível.

"Acima de tudo, há nove países na Amazônia. Muitas outras nações já pediram a nossa ajuda. É importante mobilizá-la para que Colômbia, Bolívia e todas as regiões brasileiras que queiram ter acesso a essa ajuda internacional possam tê-la e reflorestar (a Amazônia) rapidamente", declarou.

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