O Brasil vive seca severa, agravada por uma onda de calor que tem elevado as temperaturas a níveis extremos. Na última terça-feira, 3, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ao menos 244 cidades registraram umidade relativa do ar igual ou inferior à do deserto do Saara, onde os índices variam entre 14% e 20%. Entre elas estão Barretos (SP), Uberlândia (MG), Goiânia (GO) e Cuiabá (MT).
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A previsão para esta quarta-feira, 4, é ainda mais preocupante, com a expectativa de umidade abaixo de 12% em várias regiões. Ficam em alerta máximo os estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal. Já o restante restante do País está sob alerta amarelo, com umidade atingindo até 30%.
Enquanto o deserto do Saara é conhecido por sua aridez extrema, a realidade em diversas regiões brasileiras nesta semana se iguala, ou até supera, a desse famoso deserto. Além disso, comparado ao deserto do Atacama, o mais seco do mundo, onde a umidade pode chegar a 5%, dez cidades brasileiras se aproximaram desse índice, com 7%. Os dados foram coletados pelas estações de monitoramento do Inmet.
Cuidados com a saúde
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade ideal para o organismo humano situa-se entre 40% e 70%. Quando os níveis caem abaixo de 30%, já há sinais de perigo para a saúde, principalmente para o sistema respiratório. O tempo seco pode agravar problemas como asma, rinite alérgica e bronquite crônica, além de causar sintomas como cansaço, dores de cabeça, e ressecamento das narinas e dos olhos.
Diante desse cenário, é essencial que a população tome medidas preventivas, como a hidratação constante e o uso de umidificadores, para amenizar os efeitos da seca e do calor extremo.