Órgão da UE confirma que 2024 será ano mais quente da história

Também será primeiro a superar 1,5ºC acima da era pré-industrial

9 dez 2024 - 09h19
(atualizado às 11h25)

O ano de 2024 será o mais quente já registrado na história da humanidade e o primeiro a superar a marca de 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, colocando em risco a meta mais ambiciosa do Acordo de Paris.

    É o que disse nesta segunda-feira (9) o Serviço Copernicus de Mudanças Climáticas (C3S), sistema de observação da Terra da União Europeia.

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    De acordo com o organismo, a anomalia média na temperatura global para os primeiros 11 meses de 2024 foi 0,72ºC superior à média de 1991-2020, a mais alta já registrada para o período, além de 0,14ºC acima de 2023, que detinha o recorde de ano mais quente.

    "É certo que 2024 será o ano mais quente já registrado", declarou o C3S. Em 2023, a temperatura média do planeta foi 1,48ºC acima da era pré-industrial, período entre 1850 e 1900 que é usado como referência para metas climáticas. Já em 2024, esse número deve superar a marca de 1,55ºC.

    Em novembro, os termômetros registraram em média 14,10ºC, 0,73ºC acima da média para o mês entre 1991-2000 e 1,62ºC superior ao período pré-industrial. Segundo o C3S, novembro de 2024 foi o segundo mais quente da história, perdendo apenas para o de 2023.

    O Acordo de Paris, assinado em 2015, tem como meta mais ambiciosa limitar o aquecimento global neste século a 1,5ºC em relação à era pré-industrial. No entanto, são necessários cerca de 20 anos acima desse patamar para sacramentar que o objetivo foi descumprido.

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    Por outro lado, se essa tendência se mantiver, a humanidade deve conviver nas próximas décadas com aumento constante do nível do mar, ameaçando áreas costeiras, com ondas de calor mais frequentes e um crescente número de fenômenos extremos, incluindo furacões, secas e inundações.

    O aquecimento global é causado pelas emissões de gases do efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2) e metano, que continuam aumentando, apesar dos alertas de cientistas de que elas precisam iniciar imediatamente uma trajetória de queda para garantir o cumprimento da meta de 1,5ºC até o fim do século.

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