Processo em Londres por tragédia em Mariana chega ao fim

Mas sentença para a BHP só deve ser anunciada no meio do ano

13 mar 2025 - 15h18
(atualizado às 15h28)

O julgamento contra a mineradora australiana BHP, que responde perante o Supremo Tribunal de Londres, no Reino Unido, por suas responsabilidades na tragédia da barragem de Mariana, Minas Gerais, em 2015, chegou ao fim nesta quinta-feira (13), após cinco meses. No entanto, a sentença para a empresa só deve ser anunciada por volta de junho ou julho.

    A ação foi movida em conjunto por autoridades locais, empresas e populações indígenas que recorreram à Justiça britânica após não concordarem com os processos julgados no Brasil, reivindicando indenizações de 36 bilhões de libras (U$S 46 bilhões de dólares; R$ 266 bilhões).

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    Mas segundo fontes judiciais, a complexidade do caso exigirá um "exame mais aprofundado das provas recolhidas", indicando "junho ou julho" como um possível prazo para o veredito.

    "A BHP estava consciente desde o início do perigo associado aos resíduos da barragem para as comunidades envolventes e para o ambiente", disseram os advogados dos demandantes à margem da audiência final.

    Já a gigante mineradora australiana, a maior do mundo no setor em valor de mercado, contestou a legitimidade da ação coletiva por meio de sua equipe jurídica, que a seu ver trata-se de uma "duplicação" da série de acordos de compensação já definidos ou iniciados no Brasil.

    Em novembro de 2015, o rompimento da barragem de rejeitos de uma mina de ferro em Bento Rodrigues, subdistrito de Mariana, matou 19 pessoas, deixou centenas de milhares de vítimas, devastou localidades e espalhou lama tóxica pela região, atingindo também o Rio Doce e o oceano Atlântico. .

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