Sobe para 93 número de mortos nos incêndios no Havaí

Incêndio florestal na ilha havaiana de Maui é considerado o mais letal já ocorrido nos EUA em mais de 100 anos

13 ago 2023 - 09h15
(atualizado às 09h32)
As chamas devastaram a centenária cidade de Lahaina,  antiga capital do arquipélago, situada na costa oeste de Maui
As chamas devastaram a centenária cidade de Lahaina, antiga capital do arquipélago, situada na costa oeste de Maui
Foto: DW / Deutsche Welle

Subiu para 93 o número de mortos nos incêndios florestais que atingiram a ilha americana de Maui, no arquipélago do Havai, de acordo com os dados divulgados neste domingo, 13, pelas autoridades locais. A previsão é que, à medida que as buscas prosseguem nas zonas devastadas, mais vítimas sejam encontradas.

"Vai aumentar", disse o governador do Havaí, Josh Green, se referindo ao número de óbitos. "Só podemos esperar e apoiar aqueles que estão vivos. Nosso foco agora é reunir as pessoas como pudermos, dar-lhes moradia e cuidados de saúde e depois voltar para a reconstrução".

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Estes incêndios florestais são os mais letais ocorridos nos Estados Unidos em mais de 100 anos. Inclusive, eles superam o de Camp Fire, no estado da Califórnia, que deixou 85 mortos e reduziu a cinzas a cidade de Paradise.

Só duas vítimas identificadas

Dois dos três incêndios de Maui ainda estão ativos, segundo o último balanço feito pelo condado. Até agora apenas cduas das 93 vítimas confirmadas. A polícia local sublinhou que o processo será lento, já que é necessária uma verificação genética ou dentária.

O governador Josh Green disse que os incêndios já são já a "maior catástrofe natural que o Havaí já viveu", segundo a emissora CNN, ultrapassando as 61 mortes confirmadas na sequência de um tsunami em 1960. Antes de o Havaí se tornar um estado, em 1959, um tsunami em 1946 matou 158 pessoas.

O governador também estimou as perdas materiais em cerca de US$ 6 bilhões (cerca de R$ 29,4 bilhões).

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"Se olharmos para o que se viu agora em West Maui, 2,2 mil estruturas foram destruídas ou danificadas, 86% são residenciais", frisou Green.

De acordo com as autoridades locais, mais de 14 mil pessoas foram retiradas da ilha de Maui na quarta-feira, 9, enquanto cerca de 14,5 mil foram deslocadas para outras ilhas próximas na sexta-feira, 11.

Revolta por falha de alarmes

O prefeito do condado de Lahaina, Richard Bissen, disse que 80% da antiga capital do arquipélago, e uma das zonas turísticas mais populares do Havaí, foi completamente destruída pelas chamas originadas pelo furacão Dora. A causa dos incêndios ainda é desconhecida, mas os moradores estão confusos e irritados com a falta de alertas. Sirenes estacionadas ao redor da ilha - destinadas a alertar sobre desastres naturais iminentes - não soaram.

Alertas foram enviados por celulares, estações de TV e rádio, mas o alcance foi limitado devido a falhas de energia.

"Você sabe quando descobrimos que havia um incêndio? Quando estava do outro lado da rua", disse à agência de notícias AFP Vilma Reed, de 63 anos, no estacionamento de um centro para desabrigados.

md (AFP, Lusa, AP, Reuters)

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