Microplásticos são encontrados em órgão reprodutor masculino pela primeira vez, diz estudo

Sete tipos diferentes do material foram identificados em amostras

5 jul 2024 - 05h00
Microplásticos são encontrados em órgão reprodutor masculino pela primeira vez, diz estudo
Microplásticos são encontrados em órgão reprodutor masculino pela primeira vez, diz estudo
Foto: Imagem ilustrativa/Getty Images

Cientistas encontraram microplásticos em órgãos reprodutores masculinos pela primeira vez, segundo um estudo publicado pela revista científica IJIR: Your Sexual Medicine Journal. A descoberta se deu após a análise de amostras de tecido humano.

Com a descoberta, aumentou a preocupação com a proliferação de pequenas partículas e os efeitos delas na saúde. Os cientistas identificaram sete tipos de microplásticos em quatro das cinco amostras analisadas. O estudo levou em contam cinco homens diferentes.

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De acordo com Ranjith Ramsamy, principal autor do estudo, a descoberta não foi uma surpresa. Isso porque, ele diz, o órgão é muito vascularizado.

As amostras foram colhidas de participantes diagnosticados com disfunção erétil, que estavam em um hospital da Universidade de Miami para realizar cirurgias de implante peniano, como parte do tratamento da condição, entre agosto e setembro de 2023.

A análise com imagem química mostrou a presença dos microplásticos, em especial o tereftalato de polietileno (PET) e polipropileno (PP). Devido ao resultado do estudo, outras pesquisas serão necessárias para investigar possíveis ligações com condições como a disfunção erétil, segundo Ramsamy.

O pesquisador afirma que esperava que o estudo criasse mais conscientização sobre a presença de corpos estranhos em órgãos humanos, promovendo mais debate e pesquisas sobre o assunto.

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O que são microplásticos?

Os microplásticos são fragmentos de polímeros que podem variar de tamanho entre 5 milímetros até 1 micrômetro. Se o fragmento for menor que essas medidas, trata-se de um nanoplástico, que é medido em bilionésimos de metro.

Juntas, essas partículas formam plásticos maiores, e se degradam quimicamente, ou se desgastam fisicamente, quebrando em pedaços cada vez menores.

Algumas partículas são tão pequenas que podem invadir células e tecidos de órgãos, segundo os especialistas detalham no estudo. As evidências mostram que os microplásticos estão cada vez mais presentes em nossos corpos.

Fonte: Redação Terra
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