Milhares de peixes apareceram mortos no Rio Piracicaba, no interior de São Paulo, na manhã deste domingo, 7. Autoridades ambientais apuram as circunstâncias do incidente. Especialistas alertam para a possibilidade de ter relação com a poluição no rio, que apresentou coloração anormal e espuma (veja acima).
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Ao Terra, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que foi acionada e que técnicos da Agência Ambiental de Piracicaba atuam no local, com apoio do serviço municipal de água e esgoto. Amostras estão sendo coletadas para análise, e o rio continua sendo monitorado pela companhia.
O trecho mais crítico foi registrado nas proximidades do bairro Nova Piracicaba, onde há uma rampa pública para o acesso de barcos.
Indícios, no entanto, dão conta de que as águas do Rio Piracicaba possam ter sido contaminadas por poluentes. De acordo com o biólogo Eric Comin, o despejo de resíduos de esgoto e outros materiais, por exemplo, podem modificar a acidez e a concentração de oxigênio da água.
"Esse material cria uma camada de matéria orgânica e prolifera algas, que acabam com o oxigênio dissolvido na água, ocasionando a mortalidade de diversas espécies de peixes", avalia o biólogo.
O Terra questionou a Secretaria de Meio Ambiente do município e a Polícia Militar Ambiental sobre o ocorrido, mas não obteve resposta. O espaço continua aberto para manifestação.