O número de mortes provocadas pelos temporais que assolam o Rio Grande do Sul voltou a subir, de acordo com atualização emitida pela Defesa Civil Estadual às 18h30 desta terça-feira, 14. Segundo o órgão, 149 óbitos foram confirmados até agora.
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Já os desaparecimentos diminuíram de 124 para 112, informou a Defesa Civil, enquanto os feridos permaneceram em 806. As enchentes já afetaram 446 das 497 cidades gaúchas desde o início das chuvas, em 29 de abril.
Ainda segundo o órgão, 79.494 pessoas estão em abrigos públicos, e 538.245 pessoas tiveram de deixar suas casas. Ao todo, os temporais afetaram 2.124.553 gaúchos até esta terça-feira.
Com relação aos resgates, brigadistas socorreram 76.483 pessoas e 11.002 animais em meio às enchentes no Estado.
Veja os números do último balanço da Defesa Civil do RS:
Municípios afetados: 446
Pessoas em abrigos: 79.494
Desalojados: 538.245
Afetados: 2.124.553
Feridos: 806
Desaparecidos: 112
Óbitos confirmados: 149
Óbitos em investigação*: 0
Pessoas resgatadas: 76.483
Animais resgatados: 11.002
Efetivo: 27.651
Viaturas: 4.405
Aeronaves: 41
Embarcações: 340
*A Defesa Civil investiga se os óbitos têm relação com os temporais.
Nível do Guaíba preocupa
O nível do Guaíba marcou 5,20 metros às 8h desta terça-feira e fez com que a água voltasse a atingir as ruas de Porto Alegre. O bairro Lami, na região sul, foi um dos mais atingidos e precisou ser parcialmente evacuado.
A medição é da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e Agência Nacional de Águas (ANA), que confirmou a tendência de alta devido à chuva intensa do fim de semana. O nível voltou a subir ainda na segunda-feira, 13, e, por causa dos ventos, ondulações foram registradas no rio.
De acordo com a RBS TV, afiliada da Rede Globo, o Lami precisou ser parcialmente evacuado, e equipes do Corpo de Bombeiros da região foram acionadas para fazer a remoção das famílias. O Terra tentou contato com a prefeitura para questionar quantas pessoas precisaram ser retiradas de suas casas e para onde foram levadas, mas, até o momento, não teve retorno.
"Nosso apelo é que as pessoas ainda não retornem para casa devido às previsões de aumento do nível do Guaíba", pediu a prefeitura ainda na segunda. Projeções da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) apontam que a água ainda pode chegar a 5,50 metros e superar o nível da última semana, batendo um novo recorde.
No último dia 5, o rio chegou a 5,3 metros, quando o recorde anterior era 4,75 metros, registrado em 1941. Esse pode ser classificado como o maior desastre climático do Rio Grande do Sul na história.