O Furacão Milton se aproxima da zona costeira da Flórida, nos EUA, com previsão de atingir diversas cidades do Estado na noite desta quarta-feira, 9 (horário de Brasília). A tempestade, que será a maior do planeta este ano, foi rebaixada da categoria 5 para a 3, em termos de perigo, mas seu impacto continua destrutivo.
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O brasileiro Tony Camara, de 51 anos, mora nos Estados Unidos há 22 anos. Esta não é a primeira vez que ele se organiza para evitar danos causados por um furacão. No entanto, ele explicou em entrevista ao Terra que protegeu sua residência com tapumes e que os carros foram guardados em locais seguros.
"Muita gente foi embora, mas a gente decidiu ficar. Aqui vamos ter muita chuva e muito vento. Muita gente ficou, mas muitas pessoas estão paradas nas estradas. O maior problema é perto da água. Quem está perto da água, o mar sobe e causa alagamento", disse.
Ele mora em Largo, cidade que fica a cerca de uma hora de carro de Tampa, local que deve ser mais atingido pelo Furacão Milton. Tony contou que o governo classificou a área mais próxima da costa em A. Quem mora nos arredores, como ele, está classificado como B, e quem mora longe do mar está classificado como C.
O governo emitiu alerta de evacuação para todos que residem nas zonas A, B e C, principalmente para os que moram em trailers, o que é muito comum na Flórida. Apesar ter optado por não deixar sua casa, Tony registrou árvores caídas e uma intensa rajada de vento no quintal de sua casa.
"Aqui atrás tem vários parques de trailers. Podem voar trailers ou telhados de alumínio, a proteção é principalmente por isso. O [furacão] Helene que passou por último, eu diria que a gente pegou a asa dele. Mas deu azar da maré estar alta, então tenho vários amigos que perderam a casa toda porque, além da água do mar entrar nas ruas, a tubulação de esgoto estorou e também invadiu as casas", lembrou.
Lívia Silva, de 18 anos, mudou recentemente para Orlando, na Flórida, onde mora com a família. Ela afirmou que o Estado tem emitido alertas há dias para que a população consiga se preparar com antecedência: "Tenho familiares aqui que já vivenciaram outros furacões e sabem como se preparar. O Estado também é muito preparado pra isso. No geral, estamos tranquilos e alertas o tempo todo, pois nossa área não apresenta tanto risco. Não moramos perto de lagos nem da praia, então o risco é menor".
Apesar de não residir em área costeira, o governo emitiu um alerta para que a população de Orlando permaneça em casa e deixe a rua livre para quem decidiu evacuar. Além disso, eles também foram orientados a estocar água e comida. "Recebemos alertas e orientações assim em todos os celulares e conseguimos acompanhar a situação por aplicativo também", completou.