'Muita gente foi embora, mas a gente decidiu ficar', diz brasileiro na Flórida antes da chegada do Furacão Milton

Tempestade se aproxima da costa dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 9

9 out 2024 - 19h20
(atualizado às 19h56)
Brasileiro mostra impactos dos fortes ventos antes da chegada do Furacão Milton na Flórida
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O Furacão Milton se aproxima da zona costeira da Flórida, nos EUA, com previsão de atingir diversas cidades do Estado na noite desta quarta-feira, 9 (horário de Brasília). A tempestade, que será a maior do planeta este ano, foi rebaixada da categoria 5 para a 3, em termos de perigo, mas seu impacto continua destrutivo.

O brasileiro Tony Camara, de 51 anos, mora nos Estados Unidos há 22 anos. Esta não é a primeira vez que ele se organiza para evitar danos causados por um furacão. No entanto, ele explicou em entrevista ao Terra que protegeu sua residência com tapumes e que os carros foram guardados em locais seguros. 

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"Muita gente foi embora, mas a gente decidiu ficar. Aqui vamos ter muita chuva e muito vento. Muita gente ficou, mas muitas pessoas estão paradas nas estradas. O maior problema é perto da água. Quem está perto da água, o mar sobe e causa alagamento", disse.

Quintal da casa do brasileiro Tony Camara por volta das 19h (horário de Brasília)
Quintal da casa do brasileiro Tony Camara por volta das 19h (horário de Brasília)
Foto: Arquivo Pessoal/Tony Camara

Ele mora em Largo, cidade que fica a cerca de uma hora de carro de Tampa, local que deve ser mais atingido pelo Furacão Milton. Tony contou que o governo classificou a área mais próxima da costa em A. Quem mora nos arredores, como ele, está classificado como B, e quem mora longe do mar está classificado como C.

O governo emitiu alerta de evacuação para todos que residem nas zonas A, B e C, principalmente para os que moram em trailers, o que é muito comum na Flórida. Apesar ter optado por não deixar sua casa, Tony registrou árvores caídas e uma intensa rajada de vento no quintal de sua casa.

"Aqui atrás tem vários parques de trailers. Podem voar trailers ou telhados de alumínio, a proteção é principalmente por isso. O [furacão] Helene que passou por último, eu diria que a gente pegou a asa dele. Mas deu azar da maré estar alta, então tenho vários amigos que perderam a casa toda porque, além da água do mar entrar nas ruas, a tubulação de esgoto estorou e também invadiu as casas", lembrou.

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Tornado é registrado em rodovia na Flórida horas antes da chegada do furacão Milton
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Lívia Silva, de 18 anos, mudou recentemente para Orlando, na Flórida, onde mora com a família. Ela afirmou que o Estado tem emitido alertas há dias para que a população consiga se preparar com antecedência: "Tenho familiares aqui que já vivenciaram outros furacões e sabem como se preparar. O Estado também é muito preparado pra isso. No geral, estamos tranquilos e alertas o tempo todo, pois nossa área não apresenta tanto risco. Não moramos perto de lagos nem da praia, então o risco é menor". 

Apesar de não residir em área costeira, o governo emitiu um alerta para que a população de Orlando permaneça em casa e deixe a rua livre para quem decidiu evacuar. Além disso, eles também foram orientados a estocar água e comida. "Recebemos alertas e orientações assim em todos os celulares e conseguimos acompanhar a situação por aplicativo também", completou. 

Fonte: Redação Terra
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