Nível do rio Guaíba baixa 8 cm em menos de 24h, e água para de avançar em Porto Alegre

Medição feita no Cais Mauá pelas autoridades apontou queda de 5,12 metros para 5,04

9 mai 2024 - 09h04
(atualizado às 10h22)
O rio Guaíba continua mais de 2 metros acima da cota de inundação, que é de 3 metros
O rio Guaíba continua mais de 2 metros acima da cota de inundação, que é de 3 metros
Foto: Eduardo Leite/Mauricio Tonetto/Handout via REUTERS

O nível do rio Guaíba, em Porto Alegre (Rio Grande do Sul), baixou 8 centímetros em menos de 24 horas, segundo a medição feita às 16h15 desta quarta-feira, 8, divulgada pelo Centro Integrado de Coordenação de Serviços (Ceic) nas redes sociais. O estado enfrenta uma tragédia climática desde o fim de abril, com ruas de centenas de cidades afetadas pela enchente e temporais. Nesta quinta, o nível do Guaíba se manteve.

A medição é feita pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) no Cais Mauá, e é divulgada várias vezes ao dia pelas redes sociais do Ceic. Foi apontado que, na manhã de quarta-feira, 8, o Guaíba estava com 5,12 metros, e passou para 5,04 metros no fim do dia, uma diferença de 8 centímetros. Às 7h30 desta quinta-feira, 9, o nível permaneceu em 5,04.

Publicidade

O rio continua mais de 2 metros acima da cota de inundação, que é de 3 metros, no entanto, a água deixou de avançar para as ruas da capital gaúcha. Em algumas regiões, moradores perceberam que o nível está baixando.

Imagens mostram cidade devastada no RS após água de enchente baixar
Video Player

O maior nível já registrado na história do Guaíba foi de 5,33 metros, na manhã do último domingo, 5. Antes disso, o recorde havia sido registrado no ano de 1941, com 4,76 metros.

O boletim emitido pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, às 9h desta quinta-feira, 9, confirmou 107 mortes em razão das enchentes, e dois óbitos estão em investigação. São 136 desaparecidos, 164.583 desalojados e 374 feridos. Nas 425 cidades afetadas, o número de pessoas afetadas é 1.476.170, e os moradores que estão em abrigos são 67.542.

Publicidade

Enchentes no RS: quais são os rios que estão no centro da tragédia gaúcha Enchentes no RS: quais são os rios que estão no centro da tragédia gaúcha

Frentes frias devem cessar chuvas

A chegada de novas frentes frias no Sul do Brasil nas próximas semanas deve quebrar o bloqueio atmosférico que atua no país. É esse bloqueio que tem causado o calor atípico para o mês nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e contribuído para as chuvas no Rio Grande do Sul.  

Esses bloqueios muito fortes, no entanto, geralmente só são rompidos por mais de uma frente fria. "É como se a primeira desse umas 'marretadas no paredão do bloqueio dos ventos' e a segunda 'entrasse com as britadeiras de grande porte'", diz o Climatempo.

Imagens aéreas mostram o aeroporto de Porto Alegre debaixo d'água
Video Player

Uma primeira frente fria chegou à região Sul nesta quarta-feira, 8. Nos dias 11 e 12, uma segunda frente fria é esperada com mais força.

A previsão do Climatempo é de que essa segunda frente fria derrube as temperaturas dos três estados do Sul do Brasil e mantenha as nuvens carregadas afastadas do Rio Grande do Sul.

Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul

Publicidade
Fonte: Redação Terra
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se