Brasil registrou recorde de desastres naturais em 2023, diz Cemaden

No total, no ano passado, foram registrados 1.161 eventos de desastres; Manaus (AM) foi a cidade que teve o maior número de ocorrências

23 jan 2024 - 09h36
(atualizado às 09h57)
Resumo
O Brasil bateu recorde de ocorrências de desastres hidrológicos e geohidrológicos em 2023, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Tempestade deixou rastro de destruição em São Sebastião, no litoral paulista, em fevereiro de 2023
Tempestade deixou rastro de destruição em São Sebastião, no litoral paulista, em fevereiro de 2023
Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 21/2/2023 / Estadão

Dados divulgados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontam que o Brasil bateu recorde de ocorrências de desastres hidrológicos e geohidrológicos em 2023. 

No total, no ano passado, foram registrados 1.161 eventos de desastres. Desses, 716 são associados a eventos hidrológicos, como transbordamento de rios, e 445 de origem geológica, como deslizamentos de terra.

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De acordo com mapa apresentado pelo Cemaden, a maior parte dos desastres está localizada na faixa leste do país (veja abaixo). A cidade de Manaus, no Amazonas, foi a que registrou o maior número de ocorrências: 23, ao todo. Em seguida, aparece São Paulo (SP), com 22, e Petrópolis (RJ), com 18 ocorrências.

Em 2023, foram registrados 1.161 eventos de desastres
Foto: Divulgação/Cemaden

Ainda segundo os dados, em 2023, foram emitidos 3.425 alertas de desastres para os municípios monitorados pelo Cemaden. O órgão monitora 1.038 municípios, que representam 18,6% das cidades do País e abrangem 55% da população nacional.

Dos mais de 3 mil alertas de desastres, 1.813 foram hidrológicos e 1.612 foram geológicos. O total é o terceiro maior quantitativo de emissão de alertas de desastres desde a criação do Centro, em 2011.

Em 2023, foram emitidos 3.425 alertas de desastres para os munícipios monitorados pelo Cemaden
Foto: Divulgação/Cemaden

Conforme o Cemaden, a mudança no clima é um dos fatores que pode explicar o recorde de desastres naturais registrados no Brasil. No ano passado, por exemplo, houve uma transição do fenômeno La Niña para o El Niño, o que ocasionou uma mudança no padrão das chuvas em relação à média histórica.

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Impactos dos eventos extremos

Em 2023, foram registradas 132 mortes associadas a eventos relacionados a chuvas. Além disso, foram contabilizadas 9.263 pessoas feridas ou enfermas, e 74 mil desabrigados. No total, 524 mil pessoas ficaram desalojadas. 

Em relação aos danos materiais, os dados apontam para mais de R$ 5 bilhões em obras de infraestrutura e instalações públicas e unidades habitacionais. Já os prejuízos econômicos ficam em torno de R$ 25 bilhões, considerando as áreas pública a privada.

Resumo dos impactos dos eventos extremos
Foto: Divulgação/Cemaden

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Fonte: Redação Terra
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