A Prefeitura de Porto Alegre emitiu um alerta na tarde desta quarta-feira, 8, pedindo que os barcos que fazem resgate suspendam temporariamente as operações, em razão da previsão de chuva de até 15mm nas próximas horas, com possibilidade de descargas elétricas e ventos que podem passar dos 80 km/h em toda a região metropolitana.
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"Tão logo o tempo permita, retomaremos as atividades de resgate", informou a prefeitura da capital do Rio Grande do Sul.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no decorrer desta quarta-feira, o deslocamento de um amplo sistema de baixa pressão atmosférica, do norte da Argentina em direção ao sul do Uruguai, e a formação de um ciclone extratropical que, de forma rápida, se deslocará para o oceano, vai estender uma frente fria que cruza o Rio Grande do Sul e traz instabilidade às demais áreas do Estado.
Nesse período, a previsão indica queda acentuada de temperaturas máximas, com prováveis rajadas de vento acima dos 80m k/h e chuva entre 20mm a 50 mm em diversas partes do Estado. No fim da quarta-feira, no sul e no oeste do Rio Grande do Sul, a previsão indica que o tempo fica frio e seco devido ao ingresso de um sistema de alta pressão atmosférica. Nas demais áreas, a instabilidade cessa no fim do dia.
De acordo com o Inmet, a quinta-feira, 9, será de tempo frio e seco na maior parte do Estado gaúcho. No fim do dia, pode chover no norte do Estado. As temperaturas mínimas devem variar de 4°C a 8°C nas áreas mais frias do sudoeste, Planalto e Serra. Na capital, Porto Alegre, as temperaturas mínimas ficam ao redor dos 12°C .
Ao longo da sexta-feira, 10, a instabilidade retorna. No fim de semana, a formação de uma frente fria, com amplo ingresso de reforço de ar frio de origem polar, provocam mais chuva. Para o fim de semana, a expectativa é de tempo úmido e gradataviamente mais frio. A chuva com mais intensidade deve ocorrer no norte e leste do Estado. No sul e oeste, por sua vez, o tempo fica mais seco a partir da segunda-feira, 13.
Em todo o Rio Grande do Sul já foram confirmadas 100 mortes --com outras quatro sob investigação-- e 128 desaparecidos, além de mais de 163 mil desalojados devido ao forte temporal que atinge a região. Dos 497 municípios do Estado, ao menos 417 foram afetados pelas chuvas.
Além disso, cerca de 99,8 mil casas (residências, prédios e condomínios) foram destruídas ou danificadas pelas chuvas e enchentes. Os dados parciais da tragédia são válidos para o período de 29 de abril até a tarde de terça-feira, 7.
Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o prejuízo estimado é de R$ 4,6 bilhões. Desse total, R$ 465,8 milhões são no setor público, R$ 756,5 milhões no setor privado e a grande maioria dos prejuízos, por enquanto, se referem ao setor habitacional, com R$ 3,4 bilhões de danos, informou o CNM.