A ponte sobre o Rio Caí, na BR-116, foi totalmente interditada na tarde de domingo, 12, porque uma das pilastras cedeu devido às fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul. Há risco de colapso da estrutura.
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A ponta está localizada no km 174 da rodovia e é uma via de acesso entre os municípios de Nova Petrópolis e Caxias do Sul. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o local já estava interditado previamente para veículos e pedestres, devido ao risco, mas foi totalmente fechado na manhã desta segunda-feira, 13.
Uma vistoria foi realizada para analisar a estrutura, e técnicos verificaram que um dos pilares está totalmente comprometido e pode colapsar a qualquer momento. O trecho está devidamente sinalizado e não há previsão para liberação.
O bloqueio ocorre em meio à nova cheia do Rio Caí, que está seis metros acima do nível normal. De acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, às 7h desta segunda, o rio estava com 8,58 metros, sendo a cota de inundação 9 metros.
Entre sexta, 10, e domingo, 13, os acumulados de chuvas na região de Caxias do Sul ficaram entre 200 mm e 250 mm na maioria das áreas, conforme o MetSul. Novas rachaduras foram detectadas ao longo da BR-116, no trecho do município de Caxias do Sul, entre Galópolis e Vila Cristina.
Tremores de Terra
Moradores de pelo menos quatro bairros de Caxias do Sul alertaram sobre tremores de terra, na madrugada desta segunda-feira. Uma das possíveis causas é o excesso de chuvas que atingem a região do Rio Grande do Sul e a acomodação de camadas rochosas.
Os tremores foram sentidos nos bairros de Madureira, Universitário, Jardim América e Pio X, entre às 2h e 3h. O Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UNB) informou que houve três tremores na Serra Gaúcha. O primeiro, de 2,4 graus, à 1h48, em Bento Gonçalves; o segundo, às 2h58, em Caxias do Sul, de 2,3 graus; e o terceiro às 3h03, com a mesma intensidade, em Caxias.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA) informa não há riscos para a população e explica que o episódio ocorreu por causa da acomodação de camadas rochosas subterrâneas. Isso, de acordo com a pasta, já teria ocorrido no município em outras oportunidades.
"Eventos desse tipo não têm poder de destruição, os moradores podem ficar tranquilos. Até agora não detectamos nenhum grande deslizamento de terra nas proximidades de onde foram sentidos", afirmou à prefeitura o geólogo Caio Torques, diretor de Gestão Ambiental da secretaria.
O excesso de chuvas das últimas semanas pode acelerar essas acomodações devido à lubrificação causada pela água.