As enchentes provocadas pela passagem de um ciclone extratropical na região do Vale do Rio Taquari, no Rio Grande do Sul, afetaram ao menos 10 mil edificíos no Estado. Do total, 67% ficaram gravemente submersos. Os dados constam norelatório preliminar divulgado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Os alagamentos e destruição, provocados pelas chuvas intensas nos dias 4 e 5 de setembro, deixaram 49 mortos em municípios do Vale do Rio Taquari. Outras 10 pessoas constam na lista de desaparecidos. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros seguem realizando buscas nas região.
Segundo o relatório, o município de Estrela teve a maioria absoluta dos imóveis afetados pelos alagamentos, 2,7 mil no total. Já Muçum teve a maior quantidade relativa de edifícios atingidos, 35% (em números absolutos, 1.272 edificações foram afetadas, entre as 3.576 mapeadas).
- • 10.258 edifícios foram afetados pelas enchentes;
- • 6.882 ficaram submersos em pelo menos três metros.
O levantamento, divulgado na última terça-feira, 19, foi produzido pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) estadual. O IPH avaliou o prejuízo dos temporais com base em informações de edifícios mapeados por inteligência artificial e na mancha de inundação monitorada por sensoriamento remoto, bem como dados topográficos. Além de determinar os danos, o levantamento também tem o objetivo de auxiliar na preparação de políticas públicas e medidas de contingência para cheias futuras.