Uma equipe de cientistas internacionais coletou nesta quinta-feira, 19, amostras de peixes de uma cidade portuária próxima à usina nuclear japonesa de Fukushima, buscando avaliar o impacto da recente liberação de água radioativa tratada no mar pelo Japão.
O estudo realizado pelo órgão de vigilância nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) é o primeiro desde o início da liberação da água em agosto, uma medida que atraiu críticas de pescadores locais e levou a China a proibir todas as importações de produtos marinhos japoneses devido a temores de insegurança alimentar.
Cientistas de China, Coreia do Sul e Canadá observaram a coleta de amostras de peixes recém-saídos do barco no porto de Hisanohama, cerca de 50 quilômetros ao sul da usina, que foi destruída pelo terremoto e tsunami de 2011.
As amostras serão enviadas a laboratórios de cada país para testes independentes, informou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
"O governo japonês solicitou que fizéssemos isso e uma das razões pelas quais eles querem que façamos isso é para tentar fortalecer a confiança nos dados que o Japão está produzindo", disse Paul McGinnity, cientista pesquisador da AIEA que supervisiona a pesquisa.
Mais de um milhão de toneladas métricas de água -- o suficiente para encher 500 piscinas olímpicas -- foi contaminada pelo contato com as barras de combustível no reator após o desastre de 2011.