A Polícia Federal realizou na terça-feira, 29, duas operações contra desmatamento da Floresta Amazônica nos estados do Acre e Amazonas. Foram cumpridos, no total, 35 mandados de prisão preventiva, busca e apreensão e proibição de acesso e frequência à área da Floresta Estadual do Antimary.
De acordo com a PF, entre os alvos de prisão, estava Amair Feijoli, um dos condenados pelo assassinato da missionária americana Dorothy Stang, morta em 2005, no Pará. Na época, Feijoli foi condenado a 27 anos de prisão por ter intermediado a morte da missionária.
Os suspeitos poderão responder judicialmente pelos crimes de associação a organização criminosa, invasão de terras públicas, desmatamento, falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro, entre outros delitos. As penas somadas podem ultrapassar 20 anos de prisão.
As operações
A operação Terra Prometida investigou uma organização criminosa suspeita de desmatamento, invasão de terra pública, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. As investigações começaram após denúncias de moradores de intenso desmatamento para criação de gado e ameaças feitas pelos atuais donos de uma fazenda na região amazônia do município de Sena Madureira, no Acre.
“O total da área desmatada foi de 598 hectares, o que corresponde a quase 600 campos de futebol. Somados os desmatamentos cometidos pelos antigos e atuais invasores, o prejuízo ao meio ambiente alcançou um valor aproximado de R$ 18 milhões de reais”, informa a PF.
Já a operação Xingu investigou crimes ambientais que estavam acontecendo no Sul do Amazonas, após denúncias de conflitos e desmatamento para criação de gado na região de Bom Lugar. O grupo, composto por um grileiro, dois pecuaristas e um técnico de georreferenciamento, desmatou uma área de 800 hectares de mata, em 2022.