Em meio a onda de calor, Rio tem sensação recorde de 58,5 °C

No momento da medição, às 9h15, termômetros marcavam 35,5 °C; onda de calor no Brasil fez Inmet ampliar alerta de "grande perigo"

14 nov 2023 - 14h16
(atualizado às 16h44)
Praia de Ipanema lotada durante onda de calor no Rio de Janeiro
Praia de Ipanema lotada durante onda de calor no Rio de Janeiro
Foto: Reprodução/Reuters

O Rio de Janeiro registrou nesta terça-feira, 14, sensação térmica de 58,5 °C, a maior desde que o serviço municipal de meteorologia Alerta Rio começou a monitorar esse parâmetro.

A medição foi feita pela estação do Alerta Rio em Guaratiba, na zona oeste da cidade. Naquele momento, às 9h15, os termômetros marcavam 35,5°C.

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Desde a chegada da onda de calor que afeta diversos estados brasileiros, o Rio de Janeiro já havia registrado o dia mais quente do ano no domingo, 12, com temperatura de 42,5 °C, e a sensação térmica de 52 °C na manhã de segunda-feira, 13.

O recorde de calor é o maior desde que o Alerta Rio começou a fazer as medições de temperatura na cidade. O órgão informa que as duas outras maiores sensações térmicas deste ano foram 58,3 °C em 17 de fevereiro, e 58 °C em 4 de fevereiro.

O intenso calor registrado principalmente no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil deve continuar ao longo de toda a semana, e a ausência de nuvens no céu torna ainda mais perigosa a exposição à radiação solar e a sensação de calor.

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Alerta de "grande perigo" ampliado

A intensificação da onda de calor no Brasil fez o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ampliar nesta segunda-feira o alerta de "grande perigo" por causa das temperaturas acima da média para 15 estados e o Distrito Federal e estender o aviso até a sexta-feira. Antes, o alerta era limitado a seis estados e o DF e iria até esta quarta-feira.

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Ficam sob alerta: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiânia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Tocantins e o Distrito Federal.

Na prática, o alerta destaca a temperatura 5°C acima da média por um período maior que cinco dias e pede que as pessoas evitem horários de sol extremo, das 11h às 15h, que usem protetor solar, se mantenham hidratadas e procurem ajuda médica no caso de mal-estar.

Falta de nuvens

A onda de calor chegou em uma época do ano em que, normalmente, a estação chuvosa já está estabelecida e em que as nuvens funcionam como uma espécie de controle das temperaturas. A ausência dessa defesa, segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Anete Fernandes, potencializa os efeitos do fenômeno climático.

"Quando a gente tem ausência de chuva nesta época do ano, que chamamos de veranico, a ausência de nuvens favorece uma grande incidência de radiação na superfície, que é o que está acontecendo agora. Então, as temperaturas se elevam muito", explicou.

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