Seis dias depois do temporal que deixou mais de 2 milhões de pessoas sem energia elétrica, a Enel informou ter restabelecido, na madrugada desta quinta-feira, 17, a energia elétrica do restante dos clientes que ainda estavam sem luz na cidade de São Paulo e na Grande São Paulo.
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A informação foi divulgada pelo presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre, em entrevista coletiva nesta quinta. Segundo ele, ainda faltaria restabelecer a luz para 36 mil clientes, o que "significa uma operação normal", já que esta é a quantidade de pessoas que costumam estar sem energia diariamente.
"Nas próximas horas, nós vamos atacar com prioridade os clientes que ainda estão sem energia (desde o dia 11)", complementou.
Terminaria nesta quinta o prazo dado pelo Ministério de Minas e Energia para a concessionária restabelecer completamente a energia no trecho atingido pelo temporal.
A Justiça de São Paulo também determinou que a Enel reestabelecesse a energia elétrica em São Paulo em 24 horas, sob pena de ser multada em R$ 100 mil por hora de descumprimento, sem limite de valores no caso de se passarem muitas horas. A decisão do juíz Fábio Souza Pimenta, da 32ª Vara Cível, é de caráter liminar, portanto, provisória. O documento foi assinado na terça-feira, 15, e enviado para publicação no Diário de Justiça Eletrônica na quarta-feira, 16, o que ainda não ocorreu. Por isso, o prazo ainda não começou a contar.
A liminar é parte de uma ação movida pelo Ministério Público de São Paulo em conjunto com a Defensoria Pública do Estado. O processo em tramitação é referente ao apagão em São Paulo em novembro de 2023.
"É inadmissível, neste momento processual, que haja não só a repetição da referida situação numa das maiores cidades da América Latina, mas também o seu agravamento conforme depreende-se da notória e incontroversa demora da requerida no tocante ao restabelecimento do fornecimento integral dos serviços de energia elétrica a toda população e da precaridade do atendimento desta pelos canais de informação", escreveu o magistrado.
O juíz Fabio de Souza Pimenta, no entanto, negou o pedido na liminar para que a Enel indenize todos os clientes por danos materiais ocasionados pela falta de energia elétrica.
Mais cedo nesta quarta-feira, a Justiça também negou um pedido de liminar da gestão Ricardo Nunes (MDB) para que a concessionária fosse obrigada a reestabelecer a energia imediatamente para os imóveis que ainda estão sem luz.