Filhotes de pato raro e ameaçado de extinção nascem no Jalapão (TO)

Oito patinho-mergulhões nasceram no fim de julho

7 ago 2024 - 18h54
(atualizado às 23h21)
Filhotes de pato raro e ameaçado de extinção nascem no Jalapão (TO)
Filhotes de pato raro e ameaçado de extinção nascem no Jalapão (TO)
Foto: Janaína Silva e Franciel Lima/Uema

Pesquisadores do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) descobriram um ninho de pato-mergulhão, com oito filhotes, no Rio Novo, na região do Jalapão, ao leste do Estado. A espécie está ameaçada de extinção. Atualmente, existem menos de 200 indivíduos na natureza; 25 deles estão no Tocantins. 

A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 7, pelo governo do Estado. O ninho foi descoberto em uma cavidade de árvore às margens do rio entre 26 de junho e 1º de julho, durante uma expedição do instituto, da Fundação Pró-Natureza (Funatura) e da Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Os pesquisadores desceram 145 km do Rio Novo. Este é o único ninho conhecido para a temporada de 2024.

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Após a descoberta, dois estudantes de mestrado da Uema, Janaína Silva e Franciel Lima, passaram a monitorar o ninho a partir de 30 de junho e coletaram dados essenciais para a compreensão do ciclo reprodutivo da espécie. No dia 30 de julho, os animais nasceram. 

De acordo com informações do biólogo Marcelo Barbosa, inspetor de recursos naturais do Naturatins, o nascimento trouxe esperança para a conservação da espécie. A família vai continuar sendo acompanhada pelos pesquisadores para avaliar o comportamento e as atividades dos pais com os filhotes nas primeiras semanas. 

Após a descoberta, dois estudantes de mestrado da Uema, Janaína Silva e Franciel Lima, passaram a monitorar o ninho a partir de 30 de junho
Foto: Janaína Silva e Franciel Lima/Uema

Ameaça de extinção

Segundo o Plano de Ação Nacional para Conservação das Espécies Ameaçadas de 2020, o pato-mergulhão (Mergus octosetaceus) é uma das aves mais ameaçadas das Américas e uma das mais raras do mundo, já tendo sido considerada extinta entre 1940 e 1950.

Atualmente, o animal só existe no Brasil, com existência registrada em rios de três bacias hidrográficas: São Francisco, Tocantins e Paraná. 

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Fonte: Redação Terra
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