Em meio às novas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, o Guaíba voltou a superar a marca de 5 metros de elevação, de acordo com atualização do MetSul na tarde desta segunda-feira, 13. Projeções da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) apontam que a água ainda pode chegar a 5,4 metros.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Por volta das 16h do último domingo, 12, o nível do Guaíba havia alcançado 4,63 metros. No entanto, novas chuvas e o transbordo de rios como o Taquari e Caí, que desaguam no Guaíba, fizeram com que o rio que margeia a região metropolitana de Porto Alegre se elevasse para 5,01 metros na região do Cais Mauá, no Centro da capital.
Apesar do aumento, o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) de Porto Alegre, Mauricio Loss, afirmou que não há expectativa de estragos generalizados, ainda que o Guaíba alcance a marca de 5,5 metros de elevação.
"Nos pontos onde a água ainda não tinha chegado, vai ter uma lâmina, ficando um pouco mais acima, mas não teremos grandes tragédias frente ao que já temos", afirmou Loss em coletiva de imprensa.
Já o prefeito da capital gaúcha, Sebastião Melo, orientou que moradores de áreas afetadas pelos alagamentos ainda não voltem para suas casas.
"Tomara que não chegue a 5,50, mas tenho que acreditar nos hidrólogos. Mais seis mil pessoas podem ser atingidas com alagamento. Apelo que faço é pra não voltar", disse.
Após um período de breve estiagem das chuvas no Rio Grande do Sul no fim da semana passada, o Guaíba começou a diminuir na região de Porto Alegre e chegou à marca de 4,6 metros na quinta-feira, 9, o menor após oito dias. Em comparação, a cota de inundação do rio é de 3 metros.
Tragédia no RS
Em meio aos fortes temporais que assolam o Rio Grande do Sul desde o dia 29 de abril, a Defesa Civil do Estado atualizou, às 12h desta segunda-feira, o balanço dos estragos provocados pelas enchentes.
Até o momento, o RS contabiliza 147 mortes e 127 desaparecidos, em 447 municípios afetados. São 806 feridos, 79.540 pessoas em abrigos públicos e 538.241 desalojados. Ao todo, as chuvas afetaram 2.115.703 habitantes.
Ainda segundo o órgão, 76.470 pessoas foram resgatadas nas áreas atingidas pelas enchentes, assim como 10.814 animais.