Lei que permite venda de cães e gatos só após idade mínima é sancionada em SP; entenda

Legislação proíbe exposição de cães e gatos em eventos de rua e em espaços públicos

12 jul 2024 - 18h05
(atualizado às 23h54)
Lei que permite venda de cães e gatos só a partir dos 4 meses é sancionada com vetos em SP.
Lei que permite venda de cães e gatos só a partir dos 4 meses é sancionada com vetos em SP.
Foto: Reprodução/Getty Images

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionou uma nova lei que regulamenta a venda de cães e gatos no Estado.

A medida, publicada no Diário Oficial de quinta-feira,11, determina que os animais só podem ser vendidos ou doados após uma idade mínima, devendo conviver com as mães por, pelo menos, seis semanas.

Publicidade

Confira os principais pontos da lei:

  • Aquele que comercializar cães e gatos deve ter um CNPJ, estar inscrito no Cadesp, dispor de um alojamento compatível com o tamanho, porte e quantidade de animais;
  • Não é permitido expor os animais em vitrines fechadas ou em condições exploratórias que possam gerar desconforto e estresse;
  • Não é permitido separar da mãe fora do período mínimo estabelecido pelos veterinários, ou seja, por, pelo menos, seis semanas;
  • Os animais devem ser microchipados, desparasitados e vacinados; 
  • Manter registro próprio dos dados dos animais como: nascimento, óbito, vendas e permutadas, entre outros, por, no mínimo, cinco anos;
  • Os cães e os gatos só poderão ser comercializados após atingirem a idade mínima de 60 dias e terem recebido o ciclo completo de vacinação previsto no calendário.

O projeto é de autoria da Assembleia Legislativa e entra em vigor de imediato. Dois trechos foram vetados: um que obrigava os criadores a ter veterinários cadastrados no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-SP) em seu quadro de responsáveis técnicos e outro que submetia os infratores da lei a sanções previstas na Lei Federal nº 9.605/98, que trata de punições penais e administrativas para condutas e atividades que lesem o meio ambiente. 

Dentro das justificativas apresentadas pela Assembleia para as novas normas, está o reconhecimento de que cães e gatos são considerados seres sencientes, ou seja, passíveis de sofrimento caso sejam colocados em más condições. O intuito é garantir os direitos ao bem-estar desde a sua criação até o processo de venda.

Fonte: Redação Terra
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações