O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira, 10, a retomada do Programa Cataforte, que receberá o investimento de R$ 103,6 milhões do governo federal, de bancos públicos e de fundações.
A Caixa Econômica Federal, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil (BB), juntos, vão investir R$ 75 milhões na causa. Desse valor, um terço será dado pela Caixa e os outros dois terços pelo BB e pelo BNDES via chamada pública. Os Ministérios das Cidades e do Meio Ambiente investirão, respectivamente, R$ 11 milhões e R$ 17,6 milhões.
O programa, extinto na última gestão presidencial, comandada por Jair Bolsonaro (PL), retornará com o lançamento de um edital elaborado pelo Ministério das Cidades, o qual ficará responsável para destinar a verba às atividades do setor de todo o Brasil.
O anúncio oficial foi feito por Lula durante a cerimônia do Comitê Interministerial para Inclusão Socioeconômica de Catadores e Catadoras de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis (CIISC), no Palácio do Planalto.
Na ocasião, o petista também assinou a Lei de Incentivo à Reciclagem (LIR), divulgou que R$ 425,5 milhões serão destinados a políticas direcionadas aos catadores de materiais recicláveis e cobrou resultado das ações propostas.
"Temos mais dois anos e meio de mandato, então é importante que o que nós aprovamos aqui hoje aconteça em sua plenitude, para que consigamos aprovar mais coisas e dar a eles garantias", afirmou o presidente.
Lula também exigiu a participação ativa dos ministros nas reuniões, afirmando que muitos deles não comparecem aos encontros. "Você tem a responsabilidade de pegar o telefone e ligar para cada ministro, porque muitas vezes a gente acha que todo mundo está ligado no zap (WhatsApp) e passa uma mensagem: 'reunião amanhã 9h'. Nem sempre todo mundo vê. Pega o telefone e liga para a pessoa", disse o presidente, direcionando a fala ao ministro da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT).