Até entãoo, 8.049 propriedades rurais foram afetadas pelas queimadas em 317 municípios do estado de São Paulo apenas neste ano. De acordo com o governo estadual, o número corresponde ao crescimento de 386% de focos de incêndio, entre janeiro e agosto deste ano, em comparação a 2023.
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A situação das queimadas na região tem se agravado. Entre os dias 2 de agosto e 3 de setembro, 245 municípios foram atingidos pela incidência de fogo, sendo 48 deles em alerta máximo. Este mês é crítico devido à estiagem persistente, o que propicia a piora no cenário dos incêndios.
Devido a isso, o governo estadual ampliou o enfrentamento às queimadas em parceria com a iniciativa privada, contando com a ajuda de entidades de produtores de açúcar, setores florestais, gás, água, energia elétrica, e concessionárias de rodovias, que disponibilizaram suas estruturas de monitoramento e combate ao fogo. A medida foi anunciada na última terça, 3, em uma reunião com o governador Tarcísio de Freitas e secretários no Palácio dos Bandeirantes.
Nos próximos dias, a cooperação será intensificada com a integração das empresas no Plano de Contingência montado na operação SP Sem Fogo. Isso pode ser o início de um plano maior de cooperação de resiliência climática, segundo o governo.
"A gente aumenta nosso potencial de trabalho. Nosso objetivo é integrar o setor público e o privado, entender as necessidades de cada área e unir a força do estado com a força da iniciativa privada para trazer boas políticas públicas que ajudem a população. Essa reunião foi emergencial por conta da estiagem bem grave. Vamos nos estruturar e pensar em como agir no futuro", declarou o coordenador da Defesa Civil de São Paulo, o coronel PM Henguel Ricardo Pereira.
"Vamos fazer isso de forma mais organizada, integrando as informações e os meios do poder público e da iniciativa privada", afirmou a secretária do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.
Combate ao fogo
Cerca de 10 mil brigadistas e 2 mil caminhões pipas, da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única), estão disponíveis para combater focos de incêndio nos canaviais. A Florestar, associação do setor produtor de florestas plantadas, reúne empresas que podem oferecer infraestrutura e tecnologia para atuar em conjunto com o governo no monitoramento de áreas florestais, plantações e Unidades de Conservação.
Já o setor de concessionárias de rodovias devem prestar serviços de informação à população, bem como utilizam o sistema de monitoramento por câmeras das vias para mapear novos focos de incêndio.
Além disso, o governo deve distribuir nos próximos dias quase 500 mil panfletos e cartazes como parte da campanha de conscientização do problema para a população.