O projeto Agroplay Verão 2, com a gravação da apresentações de vários artistas entre os dias 11 e 14 de setembro em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, é alvo de uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) devido a danos ambientais.
As gravações, segundo a denúncia, ocorreram em uma propriedade de luxo construída de maneira irregular na Ponta do Sapê, uma região designada como Área de Proteção Ambiental.
O MPF entrou com uma liminar para interromper a exploração comercial da propriedade. Além disso, o órgão está solicitando a suspensão da veiculação do conteúdo produzido no local e a restituição dos cachês pagos pelas apresentações realizadas na área.
A segunda edição do Agroplay Verão contou com a apresentação de Ana Castella, Ludmilla, Luan Pereira, Lucas Medeiros e a dupla Guilherme e Benuto.
De acordo com o procurador da República Aldo de Campos Costa, autor da ação, existem várias formas de verificar se a localização escolhida para a realização de um evento está em conformidade com as normas ambientais.
"O fácil acesso à informação proporcionado pela internet simplifica as verificações de conformidade dos imóveis disponíveis para locação, o que faz com que artistas e produtores passem a ter responsabilidades crescentes em relação às leis de proteção ambiental", afirmou.
Procurada pelo Terra, a AgroPlay, empresa responsável pelo evento, afirmou que já acionou o seu jurídico para recorrer da decisão e que a empresa apenas alugou o lugar.
"Sobre essa situação a gente já protocolou toda a parte com o nosso jurídico porque a gente só locou o local. Quem está irregular é a construção, toda a parte que está lá há muitos anos. A gente não tem nada a ver, apenas gravamos", informou o representante da empresa.
O Terra tentou entrar em contato com a cantora Ludmilla e os demais artistas envolvidos na ação, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.