Em meio à onda de calor que aflige o Brasil no fim do inverno, uma série de cuidados deve ser tomada para evitar os efeitos negativos das altas temperaturas, como a insolação e os golpes de calor. Ao contrário do senso comum de que o auge do calor acontece ao meio-dia, especialistas apontam que são às 14h que os termômetros alcançam os picos de temperatura.
O horário, por tanto, exige mais cuidados, principalmente quando a previsão é de que as temperaturas atinjam os 40º em diversos Estados do país. Com a pele mais sensível, crianças e idosos são os mais afetados. Mas o que leva o calor a atingir seu auge no meio da tarde?
O auge da incidência dos raios solares no solo realmente se dá ao meio-dia, mas o calor leva um tempo para subir na atmosfera. É aí que os termômetros de medição meteorológica, instalados a dois metros de altura para medir a temperatura da forma como ela é sentida pelos humanos e plantas, detecta o pico de calor às 14h, explica Wanderson Luiz Silva, meteorologista da UFRJ, à revista Exame.
"A atmosfera aquece de baixo pra cima. E isso leva um tempo, através de condução e convecção do calor, por isso não acontece às 12h, mas sim em torno de 14h", afirmou o meteorologista.
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'Calorão' no Brasil
A intensa onda de calor que atinge o Brasil vai continuar, pelo menos até o fim de setembro. Ela está se espalhando pelo País e atingindo quase todas as regiões.
"Esta onda de calor teve início no dia 17 de setembro de 2023 e deve se prolongar pela primeira semana da primavera. Algumas áreas pelo interior do Brasil, em parte do Centro-Oeste, do Norte, do Nordeste poderão conviver com temperaturas muito altas até quase o fim de setembro", afirma a previsão da Climatempo.
Após isso, a onda de calor estendida deve continuar pelo interior do País; as demais localidades voltaram às suas temperaturas ''normais''. Centro-Oeste, Distrito Federal, oeste e noroeste de Minas Gerais e áreas do Matopiba devem sentir o calor por mais dias e com mais intensidade.
"Esta onda de calor pode ser considerada de forte intensidade. Provavelmente poderá ser comparada a uma das ondas de calor mais intensas já vividas recentemente pelo Brasil, que foi durante a primavera de 2020", complementa a previsão.
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