Pablo Marçal é acionado pela AGU após dizer que 'empresário enviou mais aeronaves que a FAB' ao RS

Advocacia-Geral da União acusa influenciador de desinformação e pede publicação de resposta sobre atuação de militares no Rio Grande do Sul

8 mai 2024 - 22h34
(atualizado às 23h17)
Pablo Marçal é alvo de ação da AGU após dizer que Forças Armadas estariam inertes em crise no RS
Pablo Marçal é alvo de ação da AGU após dizer que Forças Armadas estariam inertes em crise no RS
Foto: Reprodução

O influenciador Pablo Marçal se tornou alvo de uma ação judicial movida pela Advocacia-Geral da União (AGU) após dizer que 'um empresário enviou mais aeronaves que a FAB' ao Rio Grande do Sul. Na petição, a instituição pede que Marçal publique uma resposta, em suas redes sociais, com informações sobre a atuação dos militares em meio à catástrofe climática no Estado gaúcho. 

A ação foi movida nesta quarta-feira, 8, por meio da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD). Segundo o órgão, o influenciador viralizou em vídeos em que afirma que as Forças Armadas brasileiras estariam inertes diante da calamidade pública vivida no Rio Grande do Sul.

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FAB durante resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria (RS)
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Na petição, a PNDD pede que Marçal publique, em seus perfil no Facebook, Instagram e TikTok, resposta sobre a atuação dos militares no Estado. A AGU destaca que as Forças Armadas atuam, desde o dia 1º de maio, no resgate de pessoas, além da realização de atendimentos médicos, transporte de equipes e materiais e arrecadação e entrega de donativos para a região.

Somados os perfis de Pablo Marçal nas redes sociais, o influenciador tem mais de 11,2 milhões de seguidores. 

Ainda segundo a ação, a operação dos militares, incluindo Exército, Marinha e Força Aérea Brasileira, no Rio Grande do Sul conta com um efetivo de quase 12 mil militares, além de 94 embarcações, 348 veículos, quatro aeronaves e 17 helicópteros.

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A AGU justifica o pedido afirmando que a desinformação disseminada prejudica o próprio enfrentamento da catástrofe climática, uma vez que a redução da confiança da sociedade na resposta do Estado brasileiro pode desencorajar a entrega de donativos e prejudicar resgates.

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“Não se questiona, portanto, a capilaridade nociva de que se reveste um vídeo com conteúdo de desinformação, especialmente se produzido por alguém a quem a sociedade reputa possuir uma maior confiabilidade, em razão da popularidade que possui”, descreve a AGU em trecho da petição. 

O processo foi movido na Justiça Federal de Barueri (SP), que tem jurisprudência em Santana do Parnaíba, onde o influenciador tem residência.

O Terra tenta contato com a assessoria de Marçal, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação. 

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Fonte: Redação Terra
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