É necessário redobrar a atenção quanto à qualidade da água das mais de 2 mil praias do país nos períodos de verão e férias. Os órgãos ambientais divulgam boletins para alertar os banhistas sobre os riscos de contato com águas contaminadas, provenientes de despejos de esgotos, configurações das praias e outros fatores.
Ir à praia no verão e nas férias é um dos programas mais populares entre a população brasileira, não apenas pelas centenas de opções ao longo da costa do País, mas também por se tratar de uma alternativa mais acessível em comparação com outras atrações. É justamente nesse período que os turistas devem redobrar a atenção quanto à qualidade da água. No entanto, muitos deles desconhecem os critérios que classificam as praias como próprias ou impróprias, o que pode trazer riscos para saúde.
Cada Estado brasileiro com acesso ao mar conta com órgãos ambientais responsáveis por divulgar boletins sobre a qualidade das mais de 2 mil praias do País. O propósito dessas classificações é alertar os banhistas sobre os riscos que o contato com águas contaminadas pode representar à saúde, além de auxiliar na escolha da melhor praia.
As análises efetuadas pelos órgãos governamentais avaliam a presença de bactérias fecais na água das praias, conforme estabelecido pela Resolução 274 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
A legislação ambiental determina o uso de três indicadores de micro poluição fecal: os coliformes termotolerantes, também conhecidos como coliformes fecais, a bactéria E. coli e os enterococos.
Dessa forma, uma praia é classificada como imprópria para banho quando são detectadas concentrações superiores a 100 unidades de colônias dessas bactérias para cada 100 mililitros de água (100 UFC/100 ml) em duas ou mais amostras em um período de cinco semanas.
A classificação como imprópria também ocorre quando o valor ultrapassa 400 unidades de uma única bactéria na última amostragem.
A ocorrência de uma quantidade superior desses organismos em relação ao limite estabelecido é provocada por diversos fatores, sendo os principais: despejo de esgoto na praia, a influência da configuração da praia na capacidade de dispersão dos poluentes, chuva (que levam mais volume de sujeira para as águas), aumento do número de banhistas, entre outros.
Consequências para a saúde
De acordo com o CONAMA, os sintomas mais comuns após o contato com água contaminada incluem náusea, vômito, dor de estômago, diarreia, dor de cabeça e febre. O órgão recomenda procurar auxílio médico, caso os sintomas persistam.