A ONG The Ocean Clenup removeu 10 mil toneladas de plástico dos oceanos e das correntes de água doce desde 2019, o que equivale ao peso da Torre Eiffel. Ela usa uma estratégia dupla para limpar o que já está acumulado no oceano e cortar o fluxo de lixo nas regiões mais poluentes.
Na data em que se comemora o Dia da Terra, uma ONG holandesa divulgou um marco importante na luta contra a poluição dos mares e rios em todo o planeta. O The Ocean Clenup já removeu 10 mil toneladas de plástico dos oceanos e das correntes de água doce desde 2019. A quantidade de lixo captada pela organização equivale praticamente ao peso de um dos pontos turísticos mais famosos do mundo: a Torre Eiffel.
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A remoção de tanto plástico no ambiente marinho é feita a partir de uma estratégia dupla: limpar o que já está acumulado no oceano e cortar o fluxo do lixo nas regiões mais poluentes do mundo para impedir a contaminação em alto mar. Em seu site, a ONG explica que a tarefa não é fácil, mas é otimizada por um sistema que rastreia os acúmulos plásticos periodicamente.
Uma das maiores missões apontadas pela Ocean Cleanup é limpar o que a iniciativa chama de Grande Mancha de Lixo do Pacífico (GPGP). Segundo a ONG, através dessa operação é que foi retirada a maior parte dessas 10 mil toneladas. O número, aliás, é considerado pela organização como um importante feito, mas ainda representa um problema grave.
"Este marco demonstra a aceleração do impacto da The Ocean Cleanup, ao mesmo tempo que sublinha a surpreendente escala do problema da poluição plástica e a necessidade de apoio e ação contínuos", afirmou a ONG em anúncio especial no Dia da Terra.
Reunião global sobre contaminação dos oceanos
Para conter o problema, a Ocean Cleanup aposta no tratado global sobre poluição plástica, conhecido como INC-4. A reunião com mais de 100 países para discutir o tema acontece a partir desta terça-feira, 23, e vai até o dia 29, em Ottawa, no Canadá. Essa será a penúltima reunião mundial sobre o tema, antes da conclusão das negociações, que está prevista para o final deste ano.
Em um posicionamento oficial, a ONG holandesa reafirmou a importância do INC-4.
"É essencial que o tratado final contenha metas claras para a remediação do legado de poluição plástica e a redução das emissões de plástico nos rios", destaca.
A Ocean Cleanup ainda ressaltou a importância do investimento em tecnologias que se tornem aliadas da limpeza dos mares e rios.
"Combater a poluição plástica requer soluções inovadoras e impactantes. O tratado deve, portanto, incentivar o ecossistema de inovação, promovendo inovações que aproveitem ao máximo os dados, a tecnologia e o conhecimento científico", diz comunicado.
Fundada em 2013 por Boyan Slat, a The Ocean Cleanup começou a retirar plástico dos oceanos e das correntes de água doce em 2019. Hoje, a ONG possui uma rede de interceptadores que cobre rios em oito países, além de sistemas de captura de lixo nos oceanos.