O rio Madeira bateu recordes de mínimas históricas pelo terceiro dia consecutivo. Nesta terça-feira, 10, o seu nível chegou a 67 centímetros em Porto Velho (RO), o menor da série histórica do Serviço Geológico Brasileiro (SGB) em 60 anos.
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O transporte de passageiros e cargas ficou inviável em vários trechos do rio, deixando populações isoladas sem acesso aos serviços essenciais básicos.
“Em alguns lugares é preciso andar quilômetros por onde passa o rio, e em outros lugares, como na boca do Jamari, só chegam os bandeirinhas [transporte fluvial] menores, que carregam até cinco passageiros”, explicou a presidente da Associação dos Agentes de Ecoturismo e Táxis Fluviais do Rio Jamari e Adjacências do Rio Madeira, Nagila Maria Paula de Oliveira.
Desde segunda-feira, 9, governo de Rondônia junto a Defesa Civil iniciou a distribuição de água potável famílias ribeirinhas no entorno do Rio Madeira, região de Porto Velho. Foram entregues aproximadamente 16.200 unidades de garrafas de água de 2 litros, cada, totalizando 32.400 litros.
A região também permanece encoberta pela fumaça dos incêndios que atingem todo o Estado. De acordo com o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nas últimas semanas o Estado registrou 56 focos de incêndio, que podem representar centenas de frentes de fogo. Porto Velho aparece como o 23º município com mais áreas atingidas pelo fogo entre domingo (8) e esta segunda-feira (9).
“Tem muita gente passando mal e a fumaça é tanta que mal a gente consegue ver o rio”, disse Nagila. (*Com informações da EBC)