'Risco iminente de colapso', diz Defesa Civil de Maceió sobre mina; novo tremor é registrado

Novo sismo na mina 18 da Braskem, mais forte e perto da superfície, foi registrado na madrugada deste sábado, 2

2 dez 2023 - 10h24
(atualizado às 10h52)
Vista da região que engloba os bairros Pinheiro, Mutange, Bom Parto e Bebedouro, em Maceió, em Alagoas, onde moradores tiveram que deixar suas casas devido à instabilidade do solo causada pela extração da sal-gema.
Vista da região que engloba os bairros Pinheiro, Mutange, Bom Parto e Bebedouro, em Maceió, em Alagoas, onde moradores tiveram que deixar suas casas devido à instabilidade do solo causada pela extração da sal-gema.
Foto: Reprodução/Estadão Conteúdo/Pei Fon

A Defesa Civil de Maceió informou que, na madrugada deste sábado, 2, foi registrado mais um tremor na região da mina 18, no bairro do Mutangue. Desta vez, o sismo teve magnitude de 0,89 e foi identificado a cerca de 300 metros de profundidade. A cidade continua em alerta máximo de risco iminente de colapso.

Na noite de sexta-feira, 1º, outro tremor aconteceu a cerca de 330 metros de profundidade, com magnitude de 0,39. O Terra solicitou à Defesa Civil o histórico de sismos dos últimos dias, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.

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No momento, o deslocamento acumulado na região da mina de exploração de sal-gema, da empresa Braskem, é de 1,56 cm. O movimento cresce 0,7 cm por hora. Nas últimas 24 horas, se deslocaram 13 cm. As informações são de nota divulgada às 9h deste sábado.

Precaução

A Defesa Civil de Maceió mantém a recomendação de que a população não transite na área desocupada enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo. 

Ao Terra, nesta sexta-feira, a Braskem informou que continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências. A empresa ainda diz que, desde a noite de quarta-feira, 29, também está apoiando a realocação emergencial dos moradores de 23 imóveis que ainda resistiam em permanecer na área de desocupação determinada pela Defesa Civil em 2020.

"Essa realocação emergencial foi determinada judicialmente na tarde da quarta-feira e está sendo coordenada pela Defesa Civil. Até o momento, 22 desses imóveis já foram desocupados e os trabalhos prosseguem. A realocação preventiva de toda a área de risco foi iniciada em novembro de 2019 e 99,3% dos imóveis já estão desocupados (dados de 31 de outubro de 2023)", diz a nota da empresa.

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*Com informações do Estadão

Fonte: Redação Terra
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