Um voluntário fez um apelo incentivando as pessoas a saírem de suas casas devido às tragédias já causadas pelas enchentes no Estado do Rio Grande do Sul. Ele deixou claro que se trata de uma questão de vida ou morte e ainda afirmou que não se deve tomar partido político diante da situação.
-tolp1se16hpu.png "Voluntário faz apelo para que moradores deixem casas no RS")
Mesmo com uma tragédia que já soma 113 mortos no Rio Grande do Sul, muitas pessoas ainda se recusam a deixar suas casas antes que a água tome conta do local. Durante o Bom dia Brasil, da TV Globo, o coordenador de um grupo de voluntários chamou atenção ao fazer um apelo para que todos evacuem de suas residências. Revoltado, ele chegou a dizer que não aguenta mais ir buscar os moradores com socorristas e receber um "não" como resposta.
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O desabafo de Luís Fernando veio quando o coordenador de um grupo de voluntários na Zona Norte de Porto Alegre foi perguntado sobre o que a população estava precisando em doações. De forma inesperada, ele aproveitou para fazer um apelo. "Hoje, o mais importante é convencer o pessoal que está dentro de casa, que está na água e está resistindo por vaidade, por televisão, por tênis, por meia dúzia de perfume que está na prateleira", explicou.
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O voluntário destacou ainda que não tem como prever o estrago e que a melhor opção é evacuar as casas o mais rápido possível. "Gente, teve muita gente que perdeu tudo, apostou que não subia água e morreu", argumentou.
Com um tom mais incisivo, o voluntário deu um recado direto aos que se recusam a deixar suas casas. "Prestem atenção no que estou falando: quem estiver dentro de casa, não relute. Quando a gente passar pedindo para sair, é para sair", disse ao Bom dia Brasil.
Luis Fernando continuou: "Não aguentamos mais. Não somos tele-entrega de medicamento, de alimento, para descer lá com o socorrista. Enquanto vocês ficam em casa, estamos salvando vidas. A gente precisa de água, de alimentação."
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Ele também aproveitou para opinar sobre as pessoas que tomaram lados políticos durante a tragédia. "Aqui não é lugar para esquerda, direita ou centro. Somos todos uma família só. Não vai ficar ninguém para trás", garantiu.
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