Sobe para 107 o número de mortes em temporais no RS

Fortes chuvas causaram estragos em 425 cidades do Rio Grande do Sul até o momento

9 mai 2024 - 09h31
(atualizado às 10h35)
Vista geral do Mercado Público Municipal, no centro histórico de Porto Alegre (RS), completamente alagado
Vista geral do Mercado Público Municipal, no centro histórico de Porto Alegre (RS), completamente alagado
Foto: Edu Andrade/FatoPress / Estadão

O número de pessoas mortas durante os temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde o final de abriu voltou a subir nesta quinta-feira, 9. Segundo a última atualização da Defesa Civil Estadual, são 107 óbitos confirmados. Até a quarta-feira, 8, eram 100.

136 pessoas continuam desaparecidas, contra 130 da última quarta. Dos 497 municípios gaúchos, 425 foram afetados de alguma maneira pelas fortes chuvas.

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Até o momento, há o registro de 1.476.170 pessoas afetadas pelo desastre, 26.092 e mais do que na quarta-feira. Destes, 67.542 estão em abrigos, 164.583 estão desalojados, e há 374 feridos.

  • Municípios afetados: 425
  • Pessoas em abrigos: 67.542
  • Desalojados: 164.583
  • Afetados: 1.476.170
  • Feridos: 374
  • Desaparecidos: 136
  • Óbitos confirmados: 107
  • Óbitos em investigação: 1

Nível do Guaíba 

O nível do rio Guaíba, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, baixou 8 centímetros em menos de 24 horas, segundo a medição feita às 16h15 desta quarta-feira, 8, divulgada pelo Centro Integrado de Coordenação de Serviços (Ceic) nas redes sociais. O estado enfrenta uma tragédia climática desde o fim de abril, com ruas de centenas de cidades afetadas pela enchente e temporais. Nesta quinta, o nível do Guaíba se manteve.

A medição é feita pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) no Cais Mauá, e é divulgada várias vezes ao dia pelas redes sociais do Ceic. Foi apontado que, na manhã de quarta-feira, 8, o Guaíba estava com 5,12 metros, e passou para 5,04 metros no fim do dia, uma diferença de 8 centímetros. Às 7h30 desta quinta-feira, 9, o nível permaneceu em 5,04.

O rio continua mais de 2 metros acima da cota de inundação, que é de 3 metros, no entanto, a água deixou de avançar para as ruas da capital gaúcha. Em algumas regiões, moradores perceberam que o nível está baixando.

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O maior nível já registrado na história do Guaíba foi de 5,33 metros, na manhã do último domingo, 5. Antes disso, o recorde havia sido registrado no ano de 1941, com 4,76 metros.

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O boletim emitido pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, às 18h de quarta-feira, 8, confirmou 100 mortes em razão das enchentes, e dois óbitos estão em investigação. São 130 desaparecidos, 163.786 desalojados e 374 feridos. Nas 425 cidades afetadas, o número de pessoas afetadas é 1.476.170, e os moradores que estão em abrigos são 67.428.

Frentes frias devem cessar chuvas

A chegada de novas frentes frias no Sul do Brasil nas próximas semanas deve quebrar o bloqueio atmosférico que atua no país. É esse bloqueio que tem causado o calor atípico para o mês nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e contribuído para as chuvas no Rio Grande do Sul.  

Esses bloqueios muito fortes, no entanto, geralmente só são rompidos por mais de uma frente fria. "É como se a primeira desse umas 'marretadas no paredão do bloqueio dos ventos' e a segunda 'entrasse com as britadeiras de grande porte'", diz o Climatempo.

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Uma primeira frente fria chegou à região Sul nesta quarta-feira, 8. Nos dias 11 e 12, uma segunda frente fria é esperada com mais força.

A previsão do Climatempo é de que essa segunda frente fria derrube as temperaturas dos três estados do Sul do Brasil e mantenha as nuvens carregadas afastadas do Rio Grande do Sul.

Fonte: Redação Terra
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