Cerca de 340 mil imóveis continuam sem energia elétrica na Grande São Paulo, segundo comunicado divulgado pela Enel na noite desta segunda-feira, 14. O fornecimento foi interrompido após um temporal com ventos de 107 km/h atingir a região na última sexta-feira, 11.
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O número é referente a levantamento feito pela concessionária às 18h30 de hoje. Ainda de acordo com a nota da empresa, mais de 1,7 milhão de clientes tiveram a energia restabelecida.
Mais cedo, a Enel afirmou que pretende cumprir o prazo de três dias, contados a partir desta segunda-feira, 14, dado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para restaurar o fornecimento de energia elétrica.
Para restabelecer o serviço, a Enel destacou que reforçou as equipes de campo, deslocou técnicos do Rio de Janeiro e do Ceará e recebeu apoio de técnicos de outras distribuidoras.
Protestos em São Paulo
Diante dos três dias seguidos sem energia elétrica, moradores da Região Metropolitana de São Paulo foram às ruas como forma de manifestação. Na capital paulista, moradores do Jardim Somara e do Campo Limpo fecharam vias em protestos.
Outras três manifestações foram registradas pela Polícia Militar na região, com o fechamento de vias em São Bernardo do Campo, Itapevi e Diadema.
Neste último, "houve tumulto e a polícia precisou intervir com munições de menor potencial ofensivo", conforme a Secretaria de Segurança Pública informou ao Terra. Um dos envolvidos foi detido. De acordo com o órgão, todas as ocorrências foram encerradas e ninguém ficou ferido durante as manifestações.
Auditoria e ressarcimento
Nesta manhã, o ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias, concedeu entrevista coletiva e falou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu a abertura de uma auditoria completa para verificar o processo de fiscalização exercido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e das respostas - ou faltas delas - por parte da Enel.
Além disso, o chefe da Pasta afirmou que o presidente "determinou que a concessionária [Enel] assegure a reparação de todos os prejuízos causados aos consumidores, pessoas físicas, jurídicas e microempresários".