A cidade de Muçum, no Rio Grande do Sul, foi uma das mais afetadas pelas fortes chuvas que atingiram a região, devido à passagem de um ciclone extratropical. Foram registradas 27 mortes no estado até esta quarta-feira, 6, e o número ainda pode aumentar conforme o volume dos rios diminuir. Em Muçum, o número de vítimas chegou a 15.
No município, as marcas da destruição foram diversas, especialmente devido ao aumento no volume do Rio Taquari, que subiu 20,7 metros. Uma ponte de ferro que existia no local foi destruída, e parte da cidade ficou submersa.
"O nível do Rio Taquari pode chegar a 24,92 metros, em Muçum, segundo projeção da Defesa Civil do Estado. Essa seria a maior enchente da história. Todas as famílias de moradores de áreas atingidas ou próximas a elas devem recolher seus pertences e procurar abrigo", informou a prefeitura.
Até as 10h30 desta quarta, a Defesa Civil estadual contabilizava 70 municípios afetados. Além das 27 mortes, há 3.084 pessoas desalojadas e 2.299 desabrigadas. Estima-se em 52.157 o total de pessoas afetadas.
Em coletiva de imprensa, o governador Eduardo Leite lamentou o registro de novas mortes.
"Recebi, há pouco, a confirmação de mais 6 mortes, no município de Roca Sales, no Vale do Taquari. Lamentamos cada vida perdida e estamos trabalhando para fazer todos os resgates possíveis nas regiões mais atingidas. Milhares de pessoas já foram salvas por nossas equipes", afirmou.
O governo do Estado concentra seus trabalhos nas ações de salvamento e resgate. As operações estão empregando seis helicópteros da Brigada Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Civil, além dos que pertencem à Polícia Rodoviária Federal, à Força Aérea Brasileira e à Marinha do Brasil. O Estado está articulando com as Forças Armadas o uso de mais aeronaves.
Veja a seguir o antes e depois das áreas afetadas pelas enchentes em Muçum.