Ao menos seis voos foram cancelados ou arremeteram entre sexta-feira, 4, e o sábado, 5, no Aeroporto Internacional de Rio Branco, no Acre. Uma destas aeronaves era da Latam, que saiu de Brasília na sexta-feira, mas precisou retornar à capital federal por não ter conseguido pousar em Rio Branco.
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A capital acreana é uma das que mais tem sofrido com a intensa fumaça por conta das queimadas e das mudanças climáticas nos últimos três meses. No sábado, o nível de poluição do ar chegou a ficar 18 vezes pior do que o aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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A reportagem do Terra estava em um voo da Latam que partiu da capital federal no sábado, por volta das 22h10, com destino a Rio Branco. Minutos antes de aterrissar, o comandante informou que a cidade estava "parcialmente nublada" por conta da fumaça. No entanto, de dentro da aeronave, não era possível enxergar a cidade, nem mesmo o próprio aeroporto. Mesmo assim, o avião conseguiu realizar o pouso às 23h40 (horário local).
O presidente da Apex Brasil e ex-governador do Acre, Jorge Viana, foi um dos passageiros afetados pela situação do ar no Estado. O avião em que estava tentou pousar em Rio Branco na sexta-feira, mas precisou arremeter e retornar à Brasília. O voo decolou no sábado de manhã, mas também não obteve sucesso para pousar no Acre e ficou cerca de 20 minutos sobrevoando antes de seguir para Manaus (AM).
"Problema que segue. Saímos de Brasília, novamente hoje às 8h30 na Latam, mas já estamos sobrevoando Rio Branco há 20 minutos, outras 2 aeronaves estão na mesma", escreveu em seus Stories do Instagram.
O arquiteto Luiz Vasconcellos, que mora em Rio Branco, estava em um voo da Azul, que partiu do Rio de Janeiro na sexta-feira. Após duas conexões, uma em Minas Gerais e outra em Rondônia, o avião seguiu para a capital acreana, mas ficou sobrevoando a cidade por 45 minutos e, novamente, precisou arremeter. Em seguida, a aeronave seguiu para Porto Velho (RO).
"Teve passageiro no voo que passou mal, precisou de oxigênio e foi atendido por um médico que estava no voo e em solo, quando chegou em Porto Velho", disse o passageiro. Ao chegar em Porto Velho, ele afirmou que preferiu seguir viagem até Rio Branco de táxi. O voo no qual o arquiteto estava foi o segundo que a companhia aérea realizou para o Acre. Depois de oito anos, a Azul voltou a fazer rotas para o Estado.
As condições climáticas também afeteram os voos saindo de Rio Branco. A jornalista Veriana Ribeiro chegou a ir para o aeroporto e despachar sua mala. Contudo, quando estava na sala de embarque, ela recebeu a notícia de que o voo havia sido cancelado justamente por conta do mau tempo. Ela teve o voo remacardo para o meio-dia do sábado, mas só conseguiu deixar a cidade na madrugada do domingo, 7, às 0h30.
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